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Promotoria denuncia 8 por incêndio da boate Kiss

Tragédia em Santa Maria (RS) matou 241

FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE

O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou ontem oito pessoas pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, ocorrido em 27 de janeiro. O número de denunciados é metade do total de indiciados (16) pela polícia.

A Justiça deve anunciar hoje se acolhe ou não a denúncia. Se for aceita integralmente, quatro denunciados que já estão presos serão levados a júri popular.

O incêndio, que provocou 241 mortes e deixou centenas de feridos, começou durante um show da banda Gurizada Fandangueira, em que houve o uso de um sinalizador.

À Justiça, a Promotoria acusa de homicídio doloso (quem assume o risco de matar) quatro suspeitos: os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o vocalista da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor do grupo, Luciano Bonilha Leão. Todos estão presos.

Os dois primeiros são acusados, entre outros pontos, de não adotar a espuma adequada para isolamento acústico. O vocalista e o produtor da banda são responsabilizados pelo uso do sinalizador que deu início ao incêndio.

O promotor David Medina diz que os quatro conheciam os riscos das ações.

Dois bombeiros foram denunciados por supostamente terem alterado provas após o incêndio para ocultar falhas da corporação.

A Promotoria denunciou ainda duas pessoas sob acusação de falso testemunho: Elton Uroda, ex-sócio da Kiss, e o contador Volmir Panzer.

OUTRO LADO

Os advogados dos sócios da boate dizem que a denúncia isentou agentes públicos de responsabilidade no caso.

Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, diz que bombeiros, prefeitura e a Promotoria deveriam responder pelas mesmas acusações.

Bruno Menezes, defensor de Mauro Hoffmann, diz que foi "surpresa" a quantidade de denunciados. "Isso nos fez crer que houve escolha de bodes expiatórios em detrimento de um aprofundamento sobre os reais responsáveis."

O advogado de Luciano Bonilha Leão, Gilberto Weber, afirma que seu cliente não tinha como fazer inspeção prévia na boate. A defesa de Marcelo Santos diz que ele é inocente e questiona a afirmação de que o fogo tenha começado com o sinalizador.


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