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Edward Hubert Alexander Nowill (1923-2013)

O homem que apoiou por 60 anos Dorina Nowill

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

O carioca Edward Hubert Alexander Nowill, o Alex, estava nos EUA importando geladeiras e fogões para vendê-los no Brasil quando soube de uma brasileira que tocava violão por lá. Foi vê-la e assim conheceu Dorina (1919-2010).

A jovem, que perdera a visão na adolescência, estava naquele país especializando-se em educação para cegos.

Em 1946, devido à carência de livros em braile por aqui, ela ajudara a criar a Fundação para o Livro do Cego no Brasil (que desde 1991 leva o nome de Fundação Dorina Nowill para Cegos). Por sua atuação em defesa dos deficientes, acabaria ficando conhecida como a Dama da Inclusão.

Alex, filho de um inglês protestante que veio ao Brasil abrir uma loja de prata após a encrenca que arrumou na família ao se casar com uma católica, casou-se com Dorina em 1950. Para isso, o então protestante converteu-se ao catolicismo (com a mulher, ele acabaria conhecendo pessoalmente dois papas).

Dorina sempre dizia que uma vidente lhe revelara que se casaria com um Eduardo.

Alex foi advogado e se aposentou como agente fiscal de rendas depois de 35 anos atuando na área. Sempre apoiou a mulher em sua militância.

Era um bon-vivant, culto e divertido, como conta o filho Cristiano. Ele lembra que o pai fazia tudo pelos filhos e mantinha para eles um sítio e uma casa na praia. Apaixonado pelo mar, adorava pescar e, na juventude, chegou a traduzir cartas de comandantes ingleses.

Após ficar viúvo, sua saúde decaiu. Recuperava-se de uma infecção intestinal, mas sofrera um infarto. Morreu na quinta (28), aos 90. Teve cinco filhos, 12 netos e três bisnetos.


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