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'Vi as chamas e o desespero do piloto', diz vítima de queda de balão

Comerciantes de São Paulo relatam momentos de pânico em acidente na região da Capadócia

Marido e mulher estão feridos em hospitais diferentes; brasileira diz que só teve tempo de rezar durante a queda

FABIO BRISOLLA DO RIO DIOGO FERREIRA GOMES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"O nosso balão foi um dos últimos a sair do chão. Ao subir, ele bateu no cesto de outro e estourou na hora", disse o comerciante paulistano Wagner Ferreira Santo, 59.

Ele era um dos passageiros do balão que colidiu com outro e despencou anteontem na Capadócia, Turquia, resultando na morte de três turistas brasileiras.

Seis brasileiros estão internados em hospitais turcos devido aos ferimentos.

"O balão murchou e começou a pegar fogo. Cheguei a ver as chamas e o desespero do rapaz que conduzia o voo. Logo depois, o balão despencou. Aí, não vi mais nada. Já acordei no hospital", lembrou Santo, em entrevista à Folha, por telefone.

O comerciante estava em viagem de férias acompanhado da mulher, a comerciante Rosana Faria Santo, 58, que também observou o fogo no alto do balão segundos após a colisão. Ela ficou consciente durante toda a queda.

"Comecei a rezar muito, rezar, rezar, enquanto o balão ia caindo", disse Rosana, por telefone, fazendo uma pausa para conter o choro.

"Não senti o impacto no chão. Quando saí do balão, não conseguia andar nem me mexer. Vi duas mulheres mortas ao meu lado. Foi uma cena muito triste."

Moradores da Casa Verde (zona norte de São Paulo), Rosana e Santo estão internados em hospitais diferentes na Capadócia.

Ela teve de ser operada e ontem, antes de dormir, ligou para a filha no Brasil e comunicou, aliviada, que estava voltando a andar. Conseguiu dar dois passos no quarto.

"Meu pai permanece à espera de uma cirurgia. Vai operar as pernas e a coluna. Ainda não sei a gravidade da situação", afirmou Fabíola Santo, 35, filha do casal.

Ainda não há previsão para a chegada dos corpos das três brasileiras mortas no acidente: Ellen Kopelman, 81, Marina Rosas, 77 e Maria Luiza Gomes, 71.

Viúvas, as três eram amigas e moradoras do Rio. O passeio na Turquia era mais um de uma série de viagens das amigas nos últimos anos.

Outras três mulheres faziam parte do grupo: Maísa Ildefonso, 71, Vera Monteiro, 69, e Aurora Junqueira (cuja a idade não foi informada). Elas estão em hospitais da região.

"Minha mãe teve uma fratura feia no quadril e também fraturou a pélvis e o tornozelo", disse Claudia Ildefonso, filha de Maísa. A mãe ainda não sabe que perdeu três amigas na queda do balão. A família diz que só pretende contar depois que ela for operada.


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