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Crianças não vão à escola há duas semanas

ANA KREPP COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Por causa da greve de professores, cerca de 40 crianças estão sem aulas há pelo menos duas semanas no Jardim Arpoador, zona oeste de São Paulo.

Segundo moradores, algumas mães perderam o emprego porque tiveram de faltar ao trabalho para cuidar dos filhos.

Líder comunitária do bairro, Janaína Aparecida, 37, tem cinco filhos matriculados na escola municipal Professora Daisy Amadio Fujiwara. Todos estão sem professores desde o dia 3.

"Tá todo mundo aqui com o filho em casa, sem poder sair pra resolver alguma coisa porque precisa olhar os filhos. Se precisar sair, tem de pedir para a vizinha cuidar. E se a pessoa trabalha, vai fazer o quê?"

Valkíria Aparecida Arice, 58, mora com a filha e o neto no Jardim Arpoador. O menino de cinco anos estuda na escola municipal Professora Carolina Ribeiro e foi dispensado das aulas há duas semanas.

"Como minha filha trabalha e eu também, não tinha com quem deixá-lo. Então ela precisou faltar no serviço. No terceiro dia, foi mandada embora."

Após uma semana desempregada, a filha começa hoje em um novo emprego. "Meu neto vai ficar com uma tia, mas, se a greve continuar, não sei o que faremos. Minha filha não pode ficar desempregada."

As famílias da comunidade esperam que a greve seja encerrada hoje na assembleia. "Foi essa possibilidade que me deram na escola", diz Janaína.

Ali perto, as famílias que têm filhos matriculados na escola municipal Professor Benedicto Castrucci passam pelo mesmo problema.

De acordo com Aparecida Mendes dos Santos, 58, avó de duas meninas, de sete e quatro anos, cuida das meninas em casa há 15 dias.

"Ter as duas em casa ao mesmo tempo é terrível, porque elas não param de brigar."


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