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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Análise - Dengue

Mosquito está resistente até a alguns tipos de inseticidas

Pesquisadores procuram por outras opções contra doença, como vacinas

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

Por várias razões, tem sido cada vez mais difícil bloquear a transmissão do vírus da dengue, o Aedes aegypti.

O emprego excessivo de inseticidas, tanto pelas prefeituras quanto pelos moradores, tornou o mosquito resistente a muitos deles.

Um estudo da Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostrou que enquanto em Marília, os inseticidas públicos matavam 80% dos mosquitos, em Santos a taxa de sucesso chegava à metade.

O aedes também é muito adaptável, o que dificulta ainda mais o combate. Até em criadouros inimagináveis (como em cascas de ovo, troncos de árvores ou em água suja) ele consegue se reproduzir.

Hoje há quatro sorotipos de vírus circulando no país. Com o tipo 4 em alta, mais pessoas podem pegar dengue pela segunda, terceira ou quarta vez--o que já ocorre na Baixada Santista.

Todos podem causar variadas formas da doença, desde as mais brandas até a dengue hemorrágica.

A esperança para o controle da doença está no desenvolvimento de uma vacina, mas os primeiros testes mostraram que a imunização só teve eficácia de 30%.

Também se estuda o uso de mosquitos modificados geneticamente. A Fiocruz trabalha com uma bactéria que torna o aedes imune à dengue. Na Bahia, o foco são mosquitos mutantes, cujos filhotes são incapazes de sobreviver.

Enquanto essas promessas não chegam à vida real, a população deve continuar fazendo a sua parte eliminando os criadouros.

Aos governos cabe, além da prevenção e o controle do mosquito, capacitar seus serviços de saúde para o diagnóstico precoce e o tratamento correto da dengue, impedindo as mortes evitáveis.


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