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Gerente de banco concilia jornadas para pilotar carrões

Satisfação fala mais alto do que o dinheiro, afirma

DE SÃO PAULO

Vitor Florio era um garoto que, como tantos outros, adorava carros. Quando era criança, no entanto, só andava de ônibus. Hoje, aos 24 anos, as coisas mudaram.

O rapaz é gerente de contas de um grande banco de segunda a sexta, quando circula pelas ruas de São Paulo com um Celta 2011 básico. Nos finais de semana, é manobrista VIP. Aí, só carrões.

Vitor faz parte do eclético batalhão de valets de luxo, formado por gerentes de banco, vendedores, promoters e gente do mercado financeiro.

"É claro que a grana ajuda, mas pilotar um carrão desses, mesmo que por metros, é a maior satisfação do meu trabalho", gaba-se Vitor.

ATÉ A 'CAPIVARA'

Para fazer do parte do seleto grupo de pilotos, é preciso fornecer RG e CPF aos organizadores do evento.

Em casos extremos, a "capivara" (ficha de antecedentes criminais) do manobrista é levantada, tática comum entre empresas de segurança. Nos espaços das festas, são proibidos de circular com mochilas ou bolsas.

Não é necessário uma carteira especial de habilitação, mas multas acumuladas podem eliminar o candidato. Boa parte deles é freelancer.

A paulistana Andressa Lima, 20, é operadora do mercado financeiro durante a semana. Aos sábados e domingos, ela vistoria e controla a entrada e saída de veículos nos estacionamentos de festas de bacanas.

Carrões exercem um certo fascínio sobre ela. "Sou apaixonada por Land Rover. Além de bonito, é imponente e espaçoso. Carro de homem."

O supervisor dela, Anderson Farina, 44, conta que a clientela AAA é geralmente educada, não reclama e jamais faz alertas sobre cuidados que os valets devem tomar na hora de manobrar.

E se por acaso um manobrista não souber dirigir uma novidade que aparecer num evento desses, Farina?

"É simples. Ele levanta o braço esquerdo do lado de fora do carro", ensina. A tropa toda então é discretamente acionada e algum motorista "VIP do VIP" entra logo em ação para mover a "nave".


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