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Cristina Florence Baroncelli Moreira (1957-2013)

Nada intimidava a assistente social

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Cristina Florence Baroncelli Moreira voltaria ao trabalho hoje, depois de dez dias de férias. Ela dizia que, enquanto pudesse, trabalharia.

Nascida em São Paulo, caçula de três irmãos, Cris, como era chamada, formou-se em serviço social na FMU, no fim da década de 70. Depois de concluir os estudos, trabalhou por pouco tempo num convênio de assistência médica, até entrar para a Apae.

Na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, atuou por mais de 20 anos, como conta o marido, Jurandir, administrador de empresas.

Os dois se conheceram em meados dos anos 80, por causa de uma amiga em comum. O casamento foi em 1987 e resultou em dois filhos, que hoje seguem a área do direito.

Nos últimos oito anos, Cris foi assistente social na Maesp (Movimento de Assistência aos Encarcerados do Estado de São Paulo), uma entidade inicialmente criada para atender filhos de presos, mas que hoje abriga crianças e jovens em situação de risco.

Jurandir conta que a mulher às vezes sofria ameaças quando tinha que dar seu parecer, e o juiz acabava determinando que a criança fosse retirada do convívio da família. Mesmo assim, nunca se intimidou, como ele lembra.

"[Cris] Não se deixava levar pelo lado emocional, tinha a razão em primeiro lugar", conta ele, que a descreve como alegre e "devoradora de livros".

Em 2000, ela descobriu um câncer de mama. Após anos de tratamento, recebeu alta em 2008. Dois anos depois, porém, a doença retornou com mais força. E se espalhou.

Voltaria hoje ao trabalho, decidida a pedir afastamento. Morreu na quinta (18), aos 56.


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