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Mulher é assassinada na Galeria do Rock
Punk mata mulher de 25 anos com golpe de canivete após discussão em bar cheio e é preso em flagrante pela PM
Policiais impediram que autor do crime fosse linchado por testemunhas; ele portava um machado
Uma mulher foi morta com um golpe de canivete na tarde de ontem dentro de uma lanchonete na Galeria do Rock, centro de São Paulo.
O crime ocorreu às 16h, quando o local estava cheio.
De acordo com a polícia, a vítima se chamava Renata e tinha por volta de 25 anos. Não foram encontrados documentos com ela.
Apontado por testemunhas, Rodolfo Pressegui, 28, foi preso em flagrante. Segundo a polícia, no depoimento, ele confessou o crime.
A polícia disse que ele tem passagens por roubo e formação de quadrilha. A Folha não conseguiu contato com familiares ou advogados dele.
Testemunhas disseram que o acusado era ex-marido de Renata, mas ele nega. Com Pressegui, que é punk, foi apreendido um machado, que não foi usado no crime.
Pouco antes do crime, a atual mulher dele, não identificada, entrou no estabelecimento com uma criança no colo e discutiu com Renata. O motivo, diz a polícia, teria sido o fato de Renata deixar um grupo punk e aderir a um rival, de skinheads. A mulher não foi detida após o crime.
"Ela [Renata] estava aqui, bebendo normalmente, quando a mulher chegou. As duas começaram a discutir", contou Orlando Kuroda, 52, dono da lanchonete.
Segundo ele, Pressegui entrou, pediu para sua mulher sair e gritou com Renata, golpeando-a em seguida com o canivete. A jovem ainda conseguiu tirar a arma do pescoço e xingou o homem. Em seguida, caiu e morreu.
O crime foi gravado por duas câmeras de segurança da loja. As imagens foram recolhidas pela polícia.
Pressegui correu pela avenida São João, mas foi preso em flagrante por PMs que trabalhavam na Operação Delegada (tipo de bico oficial).
Outras duas pessoas foram detidas no local: o irmão de Pressegui e outro homem, que teriam tentado ajudá-lo na tentativa de fuga.
REVOLTA
Segundo testemunhas, a polícia precisou usar spray de pimenta para evitar que Pressegui fosse linchado por pessoas que estavam na galeria no momento do crime.
O corpo de Renata permaneceu por mais de duas horas na lanchonete. Uma multidão de curiosos se formou em volta. Apenas uma loja fechou as portas.
O dono da lanchonete onde o crime ocorreu disse que Renata e Rodolfo frequentavam o local havia anos."Eles sempre foram problemáticos", afirmou.
