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Miriam Assis Felicio (1928-2013)

Uma cozinheira de mão-cheia

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Miriam Felicio era uma cozinheira de mão-cheia, daquelas que dava água na boca só de sentir o cheirinho que saía das panelas. De comida típica do Norte, onde vivia, a pratos libaneses, herança de seus ascendentes, nada deixava a desejar.

Suas iguarias transcendiam as paredes de casa: era contratada para fazer grandes banquetes. Conta a família que foi a responsável pelo cardápio durante a visita de três presidentes ao Acre.

Era casada com Abrahão, um também filho de libaneses que transportava farinha de trigo pelos rios da região. Juntos criaram em Rio Branco, em 1967, a Miragina, fábrica de pães, biscoitos e macarrão que existe até hoje.

Sempre muito dinâmica, no começo do empreendimento metia literalmente a mão na massa. Vinha a São Paulo se especializar para depois criar novos produtos.

Nas horas de folga, gostava de se envolver com trabalhos sociais. Dava cursos de culinária, realizava bingos para arrecadar fundos para instituições, distribuía brinquedos para crianças carentes.

Há 15 anos sofria dos mals de Alzheimer e Parkinson. Morreu no sábado (21), aos 84 anos. Viúva desde 1992, teve três filhos, dois deles vivos. Deixa ainda sete netos e um bisneto prestes a nascer.

A família diz que pretende transformar todo 22 de dezembro, data do aniversário de Miriam, em um dia de trabalho voluntário coletivo.

Para o deste ano, a intenção é fazer uma festa de Natal para as crianças de uma escola que a matriarca costumava ajudar na zona rural de Brasileia, sua cidade natal.


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