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Justiça condena ex-mulher por morte de diretor da Friboi

Graças a habeas corpus do Supremo, empresária poderá recorrer em liberdade da pena de 22 anos e 6 meses

Preso há cinco anos, irmão que a acusou de ser mandante teve sentença de 21 anos; crime ocorreu em 2008

DE SÃO PAULO DO "AGORA"

Após cinco dias de júri, a empresária Giselma Carmem Campos foi condenada na noite de ontem a 22 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato do ex-marido, Humberto de Campos Magalhães, diretor-executivo do frigorífico Friboi.

Ela poderá recorrer da sentença em liberdade.

O irmão dela, Kairon Vaufer Alves, confessou o assassinato e recebeu pena de 21 anos em regime fechado. Ele já está preso há cinco anos.

Ambos foram condenados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe mediante pagamento e vingança).

O crime ocorreu em dezembro de 2008, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.

EMBOSCADA

Anteontem, em depoimento no fórum da Barra Funda (zona oeste), Alves disse que a empresária foi a mandante. Foi a primeira vez que ele a acusou do assassinato.

Irmão de Giselma por parte de mãe, Alves afirmou que ela o procurou no Maranhão e lhe pediu ajuda porque o marido a estava ameaçando.

Segundo o depoimento, ele veio para São Paulo, onde conheceu Osmar Gonzaga de Lima e Paulo Santos, contratados por R$ 30 mil para matar Magalhães --ambos já foram condenados pelo crime.

Ele afirmou ainda que a irmã lhe deu o celular do filho caçula, Carlos Eduardo, para atrair o executivo para uma emboscada --Alves matou Magalhães a tiros.

Disse que resolveu apontar a irmã como mandante porque estava arrependido e envergonhado do crime.

Giselma depôs em seguida e voltou a alegar inocência. Disse que seu irmão a acusou porque ficou insatisfeito quando lhe negou dinheiro, na época do assassinato.

A empresária afirmou ainda que Alves tinha negócios com Magalhães e que lhe contou ter discutido com o executivo no momento do crime. A arma teria disparado acidentalmente, segundo ela.

Giselma e Magalhães foram casados por 20 anos. Segundo o Ministério Público, a empresária matou o ex-marido por ciúme e "medo de perder o status financeiro".

Ela chegou a ficar presa por um ano e cinco meses e foi solta após conseguir habeas corpus na Supremo Tribunal Federal, em 2011.

O promotor José Carlos Cosenzo afirmou que vai pedir a prisão de Giselma.


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