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Alunos deixam prédio invadido da Unicamp
Após 18 dias de ocupação, estudantes saem da reitoria com promessa de que não haverá convênio com PM no campus
Participantes de invasão pintaram as paredes pichadas e se comprometeram a arcar com os prejuízos
Após 18 dias de ocupação e com a promessa da administração de que nenhum convênio com a Polícia Militar será firmado, estudantes saíram do prédio da reitoria da Unicamp, em Campinas (a 93 km de São Paulo).
Cerca de 200 estudantes haviam invadido o local no dia 3, em uma reação à decisão da reitoria de autorizar a entrada da PM em seus quatro campi (Campinas, Limeira, Piracicaba e Paulínia).
No total, a universidade tem quase 50 mil alunos de graduação e pós-graduação.
A decisão ocorreu após a morte do estudante Denis Papa Casagrande, 21, esfaqueado durante festa não autorizada no campus principal.
Antes de saírem, os alunos fizeram um ato na frente do prédio, com fogos de artifício e uma apresentação cênica. Cerca de cem pessoas participaram da desocupação.
A retirada foi decidida em assembleia na quinta-feira. Segundo um participante da invasão, alguns manifestantes chegaram a ser expulsos pelos colegas por desrespeitarem as regras da ocupação.
Os estudantes se comprometeram a arcar com os prejuízos. Nos últimos dias, eles pintaram as paredes pichadas e limparam o local.
Uma comissão formada por representantes dos estudantes, da reitoria e de professores fizeram uma vistoria nas dependências do prédio.
Segundo o vice-reitor da Unicamp, Álvaro Crosta, "há bastante coisa a ser limpa, mas o prédio está íntegro". A pintura terá de ser refeita. Após o cálculo dos prejuízos, a conta será enviada ao Diretório Central dos Estudantes.