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Foco

Votação tem protesto solitário e 'palhaçadas' de vereador

ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO

O aposentado Vitor Camilo da Silva, 63, saiu de casa ontem, às 14h, rumo à Câmara, pronto para se juntar a outras pessoas em protesto contra o projeto de aumento do IPTU.

Às 16h, ainda em meio à discussão do projeto que seria votado, deixou a galeria da Casa desapontado.

"Vou embora. O que adianta protestar sozinho aqui? Depois, o pessoal fica no boteco bebendo cachaça e reclamando da vida. e não compareceu, tem de aceitar", afirmou.

Silva foi o único manifestante em uma galeria praticamente vazia. "Vim até com medo de não achar lugar."

Das poucas pessoas presentes quase nenhuma sabia da votação do IPTU.

"Vim apenas acompanhar. Eu não pago IPTU. Moro numa kitnet alugada", afirmou o vigia Olir Borges, 42.

Um grupo de cerca de 40 estudantes de jornalismo também passou por ali para conhecer o funcionamento da Câmara paulistana.

Durante a visita, os estudantes puderam ver o vereador Marquito (PTB) mandar "beijinhos" e "tchauzinhos" para eles na galeria.

Também presenciaram o parlamentar cobrindo a cabeça e tapando os ouvidos, em tom de brincadeira, enquanto vereadores da base e da oposição discutiam.

À Folha, Marquito --ex-palhaço de auditório-- disse que aquele é seu jeito, mas em nenhum momento agiu um deboche à Casa ou aos colegas.

"Não é que levo aqui na brincadeira, mas de vez em quando é muita falação e pouco resultado", afirmou.

A estudante de jornalismo Juliana Ribeiro, 27, concorda. "Tem muita brincadeira. É muita bagunça", afirmou.


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