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Foco

Maior colecionador de quadrinhos do Brasil é roubado em São Paulo

DE SÃO PAULO

Quatro homens são suspeitos de levarem cerca de 7.000 revistas de histórias em quadrinhos de Antonio José da Silva, 63, tido como o maior colecionador do gênero no Brasil.

Tom Zé, como é conhecido, teve seu escritório na zona sul de São Paulo invadido na tarde do último dia 16. A informação foi veiculada ontem pelo jornal "Estado de S. Paulo"

O aposentado contou que ele e seus dois funcionários foram amarrados enquanto vasculhavam o seu escritório à procura de gibis antigos.

Entre os exemplares estão 159 números de "O Lobinho" (uma unidade chega a custar até R$ 400 em sites de compras) e de "A Gazetinha" --ambos almanaques das décadas de 1930 e 1940 que trouxeram ao Brasil personagens como Batman e Super-Homem.

"Pegaram o que tinha de mais valor. Foram direto para aquela estante", aponta, num dos três quartos de um sobrado que serve para guardar seu acervo de mais de 200 mil publicações. "Acho que algum colecionador encomendou."

Segundo ele, uma mulher que se apresentou como estudante interessada em HQs o procurou no dia anterior e vasculhou o escritório. "No dia seguinte ela voltou. Quando atendi a porta, os quatro invadiram. Encheram uma Kombi com tudo o que levaram."

O caso é investigado pelo 27º DP (Campo Belo). Nenhum suspeito foi detido ou identificado.

Tom Zé começou a ler histórias em quadrinhos na adolescência. "Tinha que ser escondido porque meus pais achavam que isso desvirtuava", conta o colecionador, nascido em Cajuru (interior de SP).

Aos 20 ele passou a colecionar e manteve tudo guardado na própria casa. Em 1994, ele comprou um sobrado no Campo Belo, no mesmo bairro onde mora, para guardar as revistas. Tom não revela o quanto gasta para mantê-lo.

Ele compra novos gibis toda semana, mas diz que parou de ler há 20 anos. "O hobby é colecionar", afirma.

"Poucas pessoas têm uma coleção tão completa", diz o desenhista Jal, que preside a Associação dos Cartunistas do Brasil. "O mercado de quadrinhos originais está crescendo. Tem até galeria surgindo para vender esse tipo de coisa."

Gonçalo Junior, autor de "A Guerra dos Gibis" (Companhia das Letras), estima que só a coleção completa das revistas "O Lobinho", que foi roubada de Tom, pode valer cerca de R$ 100 mil.


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