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7 milhões fazem o Enem hoje e amanhã

Desafio do governo é consolidar nova imagem do exame após série de problemas, como vazamento da prova

Ministério da Educação vai monitorar redes sociais e eliminar candidato que postar foto da sala do teste

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

O sucesso do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano é fundamental, na avaliação do governo, para enterrar de vez as críticas à organização do exame, usado hoje na seleção de universidades de todo o país, inclusive todas as federais.

A prova será realizada neste fim de semana por 7,1 milhões de candidatos.

Após sobressaltos em anos anteriores, quando o teste foi furtado na gráfica e questões foram distribuídas a alunos de um colégio em Fortaleza, o exame transcorreu sem grandes turbulências em 2012.

A expectativa é que repetir isso consolida uma nova imagem para o que hoje já é considerado o vestibular nacional.

"Jamais vamos chegar naquilo de agora não precisamos fazer mais nada'. Trabalhamos cada vez mais para que o exame tenha uma logística que dê tranquilidade ao aluno", diz Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pela prova.

Neste ano, por exemplo, fiscais de prova receberão, além da listagem dos alunos inscritos, um relatório dos homônimos de sua sala --o objetivo é evitar que o candidato, por distração, receba o cartão de respostas de outro estudante de mesmo nome.

Como no ano passado, o MEC vai monitorar as redes sociais. Caso identifique o aluno que postar textos ou fotos da salad do exame, ele será eliminado. No ano passado, isso ocorreu com 65 inscritos.

"Temos um monitoramento eficiente. No ano passado, em questões de minutos identificávamos quando um participante postava uma foto. Vamos manter esse acompanhamento", disse ontem o ministro Aloizio Mercadante.

Desde 1998, quando o Enem foi lançado, o número de inscritos cresceu pouco mais de 45 vezes. A justificativa está nas possibilidades que ele oferece.

A prova é utilizada atualmente na seleção de todas as universidades federais, pré-requisito para o acesso a programas como Ciência sem Fronteiras, Prouni e Fies, e certifica conclusão do ensino médio.

Para Maria Inês Fini, coordenadora do exame em 1998, é justamente esse perfil multifuncional que torna o diagnóstico do exame "caótico". "A ênfase do exame hoje é muito mais o efeito social que ele causa do que as qualidades que ele tem", avalia.

Para Costa, essa característica multifuncional é a "grande virtude". "Não há incompatibilidade. A prova é equilibrada pedagogicamente."


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