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Edifício de 30 apartamentos em construção desaba em Guarulhos

Bombeiros buscavam operário nos escombros de prédio de cinco andares na Grande SP

'Começou a tremer e de repente veio tudo abaixo', diz vizinha; segundo prefeitura, obra estava regular

DE SÃO PAULO

Um prédio ainda em construção com cinco andares --além de dois subsolos de garagem e da laje superior-- desabou no início da noite de ontem em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O acidente no canteiro --onde trabalhavam 13 operários de dia, seis dos quais costumavam dormir no local-- ocorreu por volta das 19h20 na av. Presidente Castelo Branco, na Vila Leonor.

O capitão dos bombeiros Carlos Roberto Rodrigues disse que dois funcionários estavam no local pouco antes do acidente. Porém, momentos antes do colapso, um deles saiu para comprar pão.

"Estamos procurando um funcionário, que mora na obra. Ele é nossa única vitima", afirmou ele no final da noite, ainda na esperança de encontrá-la com vida.

O rapaz desaparecido (e que poderia estar sob os escombros) tem 26 anos.

O bairro é formado por depósitos e sobrados e tem recebido principalmente empreendimentos residenciais de classe média baixa.

A construtora Salema, responsável pela obra, pretendia construir 30 apartamentos residenciais e dois salões comerciais no terreno.

Mais de 70 bombeiros de diversas equipes da cidade e da Grande São Paulo faziam buscas à procura de vítimas.

"Graças a Deus a maioria tinha ido embora. Voltei depois que soube pela TV", afirmou o ajudante de pedreiro Francisco Antônio Barbosa, 23, que atuava na obra havia um mês.

RESGATE

Durante toda a noite, bombeiros buscavam fendas no emaranhado de concreto.

As equipes de resgate tentavam ouvir barulhos entre os escombros. Os bombeiros chegaram a pedir que os helicópteros dos canais de TV se afastassem do local para não prejudicar as operações.

Segundo o capitão Carlos Alberto Rodrigues, os bombeiros chegaram ao local do alojamento de operários, mas ninguém foi encontrado.

Um andaime caiu sobre a rede de energia, o que dificultou as buscas --inicialmente os bombeiros tiveram de usar lanternas. Depois, foram instalados holofotes.

A construção desabou totalmente e, no local dos cinco andares, ficaram apenas pilhas de blocos de concreto e pedaços de madeira.

"Começou a tremer e de repente veio tudo abaixo, coisa de cinco minutos. Tremeu e houve uma explosão, parecendo um botijão de gás", disse Flávia da Costa Romeiro, 23, vizinha da obra.

A construção estava em ritmo acelerado, afirmou Flávia. "A gente ficava com medo porque a obra era num barranco."

De acordo com operários, a obra começou há oito meses e nunca apresentou problemas.

A Prefeitura de Guarulhos informou que a obra estava regular. "Agora precisamos ver a qualidade desta obra", afirmou o presidente da sindicato dos trabalhadores da construção da cidade, Edmilson Girão da Silva.

Técnicos da Defesa Civil esperavam o fim das buscas para iniciar uma vistoria. Imóveis vizinhos foram esvaziados por precaução e nove famílias foram para abrigos.

O dono da construtora não atendeu às ligações da reportagem.


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