Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Só deu tempo de gritar', diz testemunha

Enquanto fumava na sacada, empresária viu prédio desabar a 200 metros de distância; no dia anterior, fotografou obra

Ruas foram tomadas por nuvem de poeira; outro vizinho levou susto quando colocava enfeites de Natal

FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO

Enquanto tragava um cigarro na sacada de seu apartamento, a empresária Katia Cristina Silva, 51, foi surpreendida por um forte estalo e uma cena inesquecível.

"Infelizmente eu vi, e só deu tempo de gritar: o prédio está caindo! Mas ninguém da minha casa chegou na sacada a tempo de ver o desabamento, só eu", disse à Folha a moradora da Vila Leonor, em Guarulhos (Grande SP).

Segundo Katia, que mora há três décadas em um edifício a cerca de 200 metros do local do desabamento, os dois andares da base do prédio foram os primeiros a ruir.

"Eu ouvi um estalo. O primeiro e segundo andar desabaram bem rápido. Depois, a parte de cima também caiu, mas com uma inclinação para a frente. Tanto é que, depois do acidente, ficou muito entulho na rua", afirmou.

Katia disse que, depois do desabamento, ruas vizinhas à construção foram tomadas por uma nuvem de poeira.

Ela acredita ter sido uma das primeiras a acionar as equipes de resgate e a polícia.

A vizinha do local disse que estava espantada com a velocidade com que as obras seguiam. "Acho que essa construção começou há alguns meses. Os pedreiros saíam todos os dias umas 17h30, mas não parecia haver nada anormal", afirmou.

Silva havia tirado foto do prédio em construção um dia antes do acidente.

"Como a cidade está crescendo, a gente tem o hábito de fotografar as obras. Eu até comentei que a construção dele [prédio] estava atrapalhando a nossa visão", disse.

ENFEITES DE NATAL

Outro morador das proximidades, Fabio Pio, técnico em automação, contou ter ouvido um barulho quando também estava na sacada de seu apartamento, "colocando os enfeites de Natal".

"Escuto um enorme estrondo e uma grande nevoa vindo em minha direção. Comecei a filmar achando ser um acidente com caminhão, pela proporção do barulho."

Ele pensou ainda que poderia ter sido uma implosão. "Só me dei conta da dimensão quando chegou um helicóptero e os bombeiros."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página