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'Era como se eu não existisse' diz jovem que ganhou ação

Cristiano Guedes, hoje aos 21 anos, foi indenizado por ter passado 15 anos fora do cadastro de adoção no RS

Processo de Cristiano ficou parado até que, aos nove anos, ele mandou carta diretamente à juíza

DA ENVIADA A CURITIBA

"Tia juíza, esses dias eu fiz um desenho e um pedido para a tia Adri, que mandou a minha carta para um juiz bem legal parecido comigo. Eu fico preocupado porque eu nunca vi um juiz. E daí eu acho que se esqueceram de mim aqui no lar. Eu moro aqui desde pequeno mas ainda não fui adotado."

O trecho acima faz parte de uma carta escrita em 2002 pelo menino Cristiano Guedes, com nove anos à época, e anexada em um processo da comarca de Erechim (RS).

Seis anos depois, a Justiça concedeu uma indenização a Cristiano por ele ter passado oito anos em um abrigo e fora do cadastro de adoção. Outro jovem abrigado foi indenizado pelo mesmo motivo.

"Só lembraram que a criança estava lá quando ela escreveu à juíza", diz a defensora pública Christine Balbinot, que acompanhou o caso.

Segundo ela, o garoto entrou no abrigo ainda bebê, em 1993, e teve o poder familiar destituído meses depois (um dos requisitos para que a haja a adoção). Em seguida, o processo parou. A suspeita é que tenha sido esquecido.

"Era como se eu não existisse", diz Cristiano, hoje aos 21 anos, cabo do Exército. Ele chegou a entrar no cadastro de adoção, mas não teve sucesso. Deixou o abrigo para viver sozinho.


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