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Policiais agridem alunos durante tumulto em escola

Caso ocorreu em São Simão, no interior paulista; polícia nega truculência e diz que agiu para conter depredação

Caso foi denunciado e Corregedoria da PM abriu investigação para apurar se houve excesso dos policiais

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Uma confusão em frente a uma escola estadual de São Simão, a 278 km de São Paulo, acabou em depredação do local e tumulto entre PMs e alunos. Imagens mostram policiais puxando estudantes pelos cabelos e, numa das cenas, um PM segura uma adolescente pelo pescoço.

A PM nega que houve truculência e diz que só agiu para conter o tumulto. O caso foi denunciado à Ouvidoria da Polícia do Estado.

Nove alunos da escola Capitão Virgílio Garcia, onde houve a confusão, reclamaram de agressões dos PMs.

A pedido do ouvidor da Polícia do Estado, Julio Cesar Neves, a Corregedoria da PM e o Departamento de Polícia Judiciária do Interior vão investigar se houve excessos da polícia. "É triste, lamentável e inaceitável o que aconteceu. As cenas chocam", disse.

O confronto ocorreu na tarde de quinta-feira, um dia depois de um aluno do oitavo ano, de 16 anos, ter sido levado à delegacia pela PM por ter ameaçado colegas e professores com um pedaço de pau.

Ele disse que teve um cartão de memória furtado na escola. Anteontem, os nove alunos jogaram pedras na escola, em protesto contra uma suposta violência policial sofrida pelo adolescente.

Foram quebrados os vidros de janelas de salas de aula e cortinas foram rasgadas.

"Não foi uma atividade policial comum e a ação foi testemunhada por alunos e familiares", afirmou Matheus Augusto Ambrósio, advogado do estudante, que disse que levará a denúncia ao comando da PM e à Promotoria.

Segundo o capitão Maurício Tavares, comandante da 4ª Companhia da PM, os policiais tentaram conversar, mas os estudantes se recusaram a obedecer e se rebelaram. Uma adolescente teria mordido a mão de um dos policiais.

"Além da agressão física, também houve agressões verbais. Eu presenciei o que aconteceu", disse.

Os nove adolescentes prestaram depoimento na delegacia acompanhados pelo Conselho Tutelar. Para o conselheiro Ricardo Gonçalves, não houve agressões dos policiais.


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