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Foco

Cada bloco paulistano teve média de 5.000 pessoas, estima prefeitura

O Acadêmicos do Baixo Augusta, o maior de todos, reuniu 40 mil no pré-Carnaval

LEANDRO MACHADO FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO

Cada um dos cerca de 200 blocos de Carnaval que desfilaram nas ruas de São Paulo nos últimos dias arrastou 5.000 foliões, em média. A estimativa é da SPTuris, empresa municipal que gerencia o turismo na capital.

O maior deles, o Acadêmicos do Baixo Augusta, reuniu no centro cerca de 40 mil pessoas na tarde do domingo pré-Carnaval, 15 mil a mais do que esperavam os próprios organizadores.

O sucesso dos blocos, porém, cansou moradores da Vila Madalena e de Pinheiros (zona oeste), bairros por onde passam muitos cordões.

No próximo dia 12, uma associação de moradores fará uma reunião com o subprefeito de Pinheiros para reclamar dos "estragos deixados pela passagem dos blocos".

Uma das moradoras que reclamam é a comerciante Valderez Hahne, 54, que vive há 30 anos na Cardeal Arcoverde, rua das mais movimentadas de Pinheiros.

Ela diz que até acha o clima da festa bonito, mas reclama que a estrutura do bairro --"com ruas estreitas"--não comporta tanta gente pulando de uma vez só.

No último sábado, com a rua cheia, os foliões fizeram até um churrasco em frente ao seu portão.

"É o primeiro ano que vejo isso, minha família ficou ilhada. Tive que lavar meu portão com creolina para tirar o cheiro forte de xixi", conta ela.

O bancário Vinicius Marcelo Souza, 23, diz que a falta de manutenção e limpeza nos banheiros químicos levou os "mijões" a se aliviarem em qualquer lugar.

"Parece que desde o início do Carnaval [na última sexta-feira] eles não são limpos. Estão todos nojentos, transbordando, ninguém quer entrar. É um ponto fraco dos blocos."

Como ponto positivo, Souza, que participou de um bloco na praça Benedito Calixto, elogia o clima familiar da festa. "As pessoas estão felizes, não vieram para brigar."

Já a restauradora Ana Santos, 44, gostou tanto da animação dos blocos da cidade que pulou em sete deles desde a semana passada.

No domingo, no entanto, foi em um que considerou chato --justamente na praça Benedito Calixto.

"O que tinha lá não era um bloco, apesar de dizerem que sim. Não tinha nem música. Era só pegação, tudo muito teen", argumenta ela.

SUJEIRA

Sobre a limpeza, a Subprefeitura de Pinheiros afirma que as ruas e praças são limpas diariamente após a passagem dos blocos.

O órgão diz que uma força-tarefa de funcionários limpará hoje a região "para que os moradores não sejam prejudicados".

A Folha procurou representantes da Secretaria Municipal da Cultura, que organiza os banheiros químicos, mas ninguém foi encontrado.


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