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País em protesto

Protesto tem mais PMs que manifestantes

Cinco foram detidos em ato anti-Copa, mas confronto e vandalismo não se repetiram; PM cercou marcha e 'blindou' alvos

Antes da passeata, Justiça decidiu que é legítima a ação da 'tropa do braço' nas manifestações

DE SÃO PAULO

Com mais policiais do que manifestantes e a tática da PM de "blindar" tradicionais alvos de depredação, um protesto realizado contra a Copa fechou avenidas importantes de São Paulo, como Paulista, Faria Lima e Rebouças, mas acabou sem confronto.

O cerco policial não evitou tensão e cenas de empurra-empurra e bate-boca. Pela primeira vez, porém, conteve os atos de vandalismo que marcaram os dois protestos anteriores realizados neste ano na capital contra a Copa.

Segundo a Polícia Militar, cinco pessoas foram detidas, entre elas um adolescente acusado depredar a estação Faria Lima e um adulto portando estilingue e esferas de aço. No ato anterior, em 22 de fevereiro, houve 262 detidos.

No início da passeata, que saiu do largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste), eram 1.500 manifestantes e 1.700 policiais, disse a Polícia Militar.

Próximo ao fim do protesto, os manifestantes se limitavam a 400 pessoas.

A marcha, que terminou em tom pacífico na praça da Sé, foi convocada por meio de redes sociais e criticou a baixa qualidade do transporte público diante dos incentivos à realização da Copa.

O protesto faz parte do movimento Sem Direitos Não Vai Ter Copa, que promete inviabilizar a competição.

Ontem, além da tática de cercar a passeata e proteger alvos de depredação, a polícia também usou helicópteros e carros com câmeras.

O momento de maior tensão ocorreu quando, segundo a PM, manifestantes acenderam uma bomba caseira na av. Paulista. Ninguém ficou ferido. A vidraça de uma agência bancária também foi quebrada e, após minutos de impasse, o protesto seguiu.

Um grupo de 45 PMs não estava com a tarja de identificação obrigatória no uniforme --disseram que não tiveram tempo de colocá-las.

Os manifestantes criticaram a ação da polícia nos outros protestos, quando ativistas e jornalistas foram agredidos.

Antes do início da passeata, os PMs fizeram exercícios de simulação de confrontos.

JUSTIÇA

O Tribunal de Justiça negou ontem pedido do grupo Advogados Ativistas, que acompanha as manifestações, para que a "tropa do braço" da PM fosse impedida de atuar no ato.

A tropa, formada por policiais especialistas em artes marciais que não usam armas de fogo, vem sendo usada para isolar pessoas supostamente violentas das demais.

O pedido reivindicava ainda que não houvessem prisões para averiguação, mas o TJ considerou que a ação preventiva da polícia é legítima.

Outra decisão negou pedido da Promotoria para que fosse proibido o uso de máscaras. Para o juiz Alberto Muñoz, manifestantes podem estar mascarados "desde que ajam pacificamente".


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