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Polícia indicia membros de PSTU e PSOL por protesto

Manifestação foi em Porto Alegre; acusação é de formação de milícia

Ex-candidatos a vereador negam ter cometido crimes e dizem que vão manter as mobilizações

FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou sob suspeita de formação de milícia privada sete pessoas, entre elas um militante do PSTU e outro do PSOL. O grupo participou de manifestação em Porto Alegre em junho passado.

Eles são suspeitos também de danos ao patrimônio e emprego de artefatos explosivos.

O crime de formação de milícia privada foi incluído no Código Penal em 2012 e tem pena de até oito anos.

Prevê punição para quem "constituir, organizar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular ou esquadrão" para praticar crimes. A pena é mais pesada do que a imposta à formação de quadrilha.

O delegado responsável, Marco Antônio Souza, diz que os indiciados "idealizaram depredações" em meio à manifestação.

"Pessoas se aproveitaram do movimento para praticar violência. Havia um grupo que, de forma sistemática, queria levar as manifestações para um caráter violento. Não foram identificados manifestantes, mas sim depredadores", diz Souza.

Entre os indiciados estão os ex-candidatos a vereador Lucas Maróstica (PSOL) e Matheus Gomes (PSTU), que são líderes estudantis e do Bloco de Luta pelo Transporte, que reúne entidades que pedem o passe livre. No ano passado, a polícia já havia feito ações de busca e apreensão nas casas dos dois.

O protesto investigado ocorreu no dia 27 de junho e foi promovido na praça onde ficam a sede do governo gaúcho, a Assembleia e o Palácio da Justiça. Um trio elétrico havia sido levado ao local para apresentações musicais.

Após um começo pacífico, jovens começaram a atirar pedras e rojões em direção a PMs. Carros e prédios acabaram depredados pelo centro.

O ato havia sido convocado pelo Bloco de Luta pelo Transporte.

OUTRO LADO

Maróstica e Gomes criticaram o indiciamento, negaram ter cometido crimes e afirmaram que vão continuar as mobilizações. "É uma perseguição política. É um completo absurdo e uma tentativa de desmobilizar o movimento", disse o militante do PSOL.

A ex-deputada Luciana Genro (PSOL) afirma que o inquérito quer criminalizar movimentos sociais.

Na época das ações de busca e apreensão, o governador Tarso Genro (PT) se mostrou contrariado com a investigação e convidou líderes do PSTU e do PSOL para um encontro no palácio.

Maróstica e Gomes foram recebidos por Tarso horas antes do protesto investigado.

A polícia gaúcha já indiciou 93 pessoas em investigações sobre os protestos ocorridos em 2013.


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