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SP recebeu leite com formol, diz Promotoria

Ministério Público do RS diz que 300 mil litros adulterados foram enviados para Lobato (PR) e Guaratinguetá (SP)

A empresa LBR, que detém as marcas Líder e Parmalat, afirma que recolheu os lotes com matéria-prima suspeita

FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE

Quase 300 mil litros de leite das marcas Líder e Parmalat adulterados com formol foram distribuídos para cidades de São Paulo e Paraná, de acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Segundo a Promotoria, a LBR, empresa que comercializa as marcas Parmalat e Líder, adquiriu uma carga que tinha sido adulterada.

Caixas da marca Líder foram enviadas para Lobato (PR), e da Parmalat, para Guaratinguetá (SP), diz o Ministério Público.

A LBR, no entanto, afirma que os lotes já foram retirados do mercado.

Promotores deflagraram ontem nova fase da operação contra fraudes na fabricação de leite no interior gaúcho.

O alvo são cooperativas e transportadoras, suspeitas de adicionar formol, uma substância cancerígena, no leite como maneira de aumentar o volume do produto.

Ações de busca e apreensão ocorreram em oito municípios. Uma pessoa foi presa.

O promotor Alcindo Luz Bastos disse que autoridades pediram à empresa LBR que recolhesse o produto com suspeita de fraude, o que não foi feito. A empresa nega.

O Ministério Público calculou o volume adulterado com base em documentos das empresas, mas não soube informar os números dos lotes com problemas.

Análises em 12 amostras coletadas em fevereiro em uma unidade de resfriamento em Condor (a 380 km de Porto Alegre) apontaram a presença de formol, segundo a Promotoria.

Por isso, foram pedidos mandados de busca e apreensão contra uma série de intermediários que atuam no processamento do produto.

Ontem, foram apreendidos caminhões de empresas suspeitas e mais matéria-prima.

A operação foi deflagrada em maio de 2013. Na fase inicial, o Ministério Público e o Ministério da Agricultura investigaram cinco empresas que realizavam transporte de leite, suspeitas de adulterar o produto antes de entregá-lo à indústria.

A fraude foi comprovada por meio de análises químicas do leite cru.

O formol pode provocar danos no aparelho gastrointestinal. A exposição frequente à substância tem efeito cancerígeno.

Segundo o Ministério da Agricultura, quem bebe leite adulterado não passa mal na hora - os malefícios surgem a longo prazo.


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