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Número de alunos da rede pública na Unicamp cresce 20%

Com aumento de bonificação, índice passou de 30,7% para 37% em relação aos matriculados no ano passado; meta é chegar a 50%

LUCAS SAMPAIO DE CAMPINAS

O número de alunos de escolas públicas matriculados na Unicamp cresceu 20% em um ano, informou a universidade ontem. Eles passaram de 30,7% dos inscritos em 2013 para 37% em 2014.

Entre os que se declaram pretos, pardos e indígenas, a alta foi mais expressiva: 34%. Apesar disso, esse grupo ainda representa só 17,7% das matrículas neste ano, ante 13,2% no ano passado.

"Os resultados foram bastante positivos", avalia o reitor José Tadeu Jorge. "O Paais [Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social] deve ser intensificado porque esse é o nosso grande programa de inclusão. A base de inscritos não se alterou, mas a quantidade de aprovados, sim."

A alta é resultado do bônus oferecido pelo programa, criado em 2004.

Até o vestibular anterior, a Unicamp concedia 30 pontos extras a alunos de rede pública e outros 10 a estudantes que se declarassem pretos, pardos e indígenas. A pontuação neste ano subiu para 60 e 20, respectivamente.

A mudança foi feita para tentar atingir metas fixadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), de ter 50% das matrículas de USP, Unesp e Unicamp provenientes de escolas públicas e 35% de pretos, pardos ou indígenas.

O reitor afirma que a meta, agora, é aumentar o número de inscritos provenientes de escola pública --neste ano, foram 27%, praticamente o mesmo índice de 2013 (27,2%).

"Quanto mais alunos de escola pública se inscreverem, mais chance temos de aumentar o número de aprovados e matriculados."

Apesar da alta, ainda há grande disparidade no número de matriculados entre cursos. Enquanto os alunos de escola pública representam 85,71% no curso noturno de letras (licenciatura), são apenas 7,27% em engenharia de produção e 10,53% em geologia.

Nos cursos mais concorridos, no entanto, a participação tem crescido e está próxima da média (37%).

Em medicina, o mais procurado deste ano (145 candidatos/vaga), os egressos da rede pública passaram de 14,55% para 33,33%. Em arquitetura e urbanismo, o segundo da lista (104/vaga), cresceram de 3,33% para 31,03%.

No quesito racial, as diferenças são maiores.

"Vamos fazer uma análise mais fina dos piores cursos em termos de inclusão", afirma Jorge. "Estamos muito mais perto de atingir a meta de escola pública [50%] do que a de pretos, pardos e indígenas [35%]. Como a bonificação é ajustável, podemos alterá-la para atingir nosso objetivo."

USP E UNESP

Para atingir a mesma meta, no último vestibular a USP aumentou o bônus para vestibulandos da escola pública de 15% para 20% e criou pontuação extra de até 5% para pretos, pardos e indígenas.

No vestibular anterior, 28% dos matriculados na instituição vieram da rede pública.

A Unesp implementará cotas progressivamente em quatro anos. No vestibular 2014, 15% das vagas foram reservadas para egressos de escola pública, índice que crescerá até os 50%. A participação da rede pública hoje já é de 40%.


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