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Protesto na Ceagesp tem incêndio, depredação, confrontos e tiros

Contra estacionamento pago, manifestantes queimaram veículos e destruíram cabines e vidraças

Cinco se feriram, um deles baleado; empresa acusa 'bandidos', e caminhoneiros dizem que vigias atiraram

DE SÃO PAULO

Um protesto contra a cobrança de estacionamento na Ceagesp, na zona oeste de São Paulo, terminou com veículos e prédios incendiados, cancelas e cabines de cobrança depredadas e confrontos entre seguranças e manifestantes na manhã de ontem.

Cinco pessoas ficaram feridas, uma delas baleada.

Devido aos estragos, o entreposto não irá abrir ao público hoje e amanhã, quando ocorre o tradicional varejão.

A PM demorou mais de duas horas para intervir nas depredações, que começaram por volta das 10h --ela diz que chegou 20 minutos após ser acionada, mas só dispersou manifestantes com bombas de gás após as 12h.

Localizada na Vila Leopoldina, a terceira maior central de abastecimento do mundo tem 700 mil m², recebe 50 mil pessoas por dia e movimenta R$ 6 bilhões por ano.

Anunciada desde 2013, a cobrança pelo estacionamento começou anteontem --para os caminhões, de R$ 4 (por 4 horas) até R$ 60 (os maiores, por 24 horas). Ontem, dia de maior movimento, as filas irritaram caminhoneiros.

Eles dizem que cancelas não abriam após o pagamento e que as filas para sair do local passaram de uma hora.

Revoltados, alguns deles começaram a atacar cabines de cobrança, ateando fogo e quebrando vidraças e máquinas. A Ceagesp fala em ação de "bandidos" infiltrados.

Por volta das 10h, o protesto se espalhou e o grupo passou a atacar prédios e veículos da companhia. Um guincho e uma picape foram totalmente queimados.

O confronto com seguranças ocorreu quando manifestantes tentaram invadir o Departamento de Entrepostos, que gerencia o local.

Segundo a Ceagesp, seguranças deram tiros para cima após receberem pedradas. Quatro deles ficaram feridos.

Carregadores, porém, dizem que os vigias também atiraram contra o grupo. Wellington Washington dos Santos, 23, que trabalha no conserto de caixas de madeira, foi baleado no abdome. Ele passou por cirurgia e tinha estado estável.

O prédio foi incendiado, mas os bombeiros só conseguiram atuar depois que a Tropa de Choque da PM chegou e dispersou o protesto.

Segundo os bombeiros, documentos arquivados foram destruídos. O protesto afugentou os consumidores num dos dias de maior movimento, causando prejuízo aos vendedores de mercadorias.

Contrário à cobrança de estacionamento, o sindicato dos permissionários nega relação com o ato e diz que infiltrados promoveram vandalismo para culpá-los.


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