Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ceagesp fala em ato de bandidos infiltrados

'Varejão' que ocorre aos finais de semana não funcionará hoje e amanhã; cobrança de estacionamento é suspensa

Presidente afirma que ato foi 'atentado' feito por criminosos; comerciante estima prejuízo de R$ 50 mil

DE SÃO PAULO

A Ceagesp vai suspender a cobrança do estacionamento iniciada anteontem e fechará hoje e amanhã o chamado "varejão" --tradicional feira aberta ao público realizada ali todos os fins de semana.

Devido aos atos de vandalismo, o entreposto só ficará aberto para caminhões que vão descarregar produtos ali --a expectativa é que o funcionamento seja normalizado só na segunda-feira.

A cobrança foi o estopim do tumulto que terminou em depredação e incêndio ontem.

O presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Mário Maurici de Lima, afirmou que haverá uma nova discussão em torno da cobrança e que não há data definida para a retomada.

A Folha apurou que a intenção é reiniciar a tarifa para caminhões assim que cancelas e cabines destruídas forem substituídas, o que pode ocorrer na próxima semana.

PREJUÍZOS

O presidente diz suspeitar da ação de "infiltrados". "Não eram carregadores nem motoristas. Foi uma ação orquestrada, de bandidos, não sei a mando de quem", disse.

A C3V, concessionária responsável pelo sistema viário da Ceagesp, lamentou o ocorrido e disse que a implantação da cobrança de tarifa começou a ser informada aos comerciantes, caminhoneiros e frequentadores da Ceagesp no primeiro semestre de 2013.

Cesar Vaiano, diretor da C3V, disse que não houve problemas em equipamentos, causando demora na liberação do estacionamento, conforme disseram motoristas.

Logo após o protesto de ontem, os boxes de venda de alimentos ficaram quase vazios. Poucos vendedores cuidavam dos produtos em meio a corre-corre, bombas e disparos de arma de fogo.

O prejuízo de quem vende frutas, legumes e verduras pode chegar a R$ 50 mil, diz o comerciante Marcio Stival Engels. "Preciso tirar minhas verduras daqui. Se eu não conseguir, o prejuízo vai ser incalculável", afirmou.

Nalva Lucinda, que vende abacaxis há dez anos no local, disse que, pela manhã, deixou de vender R$ 3.000 em frutas. "Essa cobrança [de estacionamento] não é boa pra ninguém. Mas protesto com violência, quebra-quebra, sou contra", disse.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página