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Vereadores tentam incluir aeroporto em Plano Diretor
Construção seria em Parelheiros, zona sul
Vereadores da base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) fazem pressão para que seja incluída no Plano Diretor a previsão de construção de um aeroporto para aviões de pequeno porte numa área de 4 milhões de m² em Parelheiros, zona sul da capital.
A votação do plano já foi adiada duas vezes por causa de divergências em relação ao texto do relator Nabil Bonduki (PT), que é contra a ideia e defende um projeto específico para aeroportos na cidade. A prefeitura já vetou a construção anteriormente.
Anteontem, apoiadores da proposta exigiram a inclusão a integrantes da Comissão de Política Urbana da Casa.
Presidente da comissão, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) disse que o texto final deve ser votado no próximo dia 22, mas ganhará um anexo com as propostas apresentadas desde que o plano chegou à Casa, incluindo a previsão do aeroporto.
Os defensores do novo aeroporto vão apresentar a emenda ao projeto já na votação em plenário, que deve ocorrer no dia seguinte à aprovação na comissão.
Pelo novo Plano Diretor, a região de Parelheiros é considerada zona de proteção ambiental, onde apenas são permitidas as construções que mantenham preservadas as áreas verdes.
O projeto, que prevê 156 mil pousos e decolagens por ano, é da empresa Harpia Logística, de André Skaf, filho do presidente da Fiesp e pré-candidato ao governo estadual, Paulo Skaf (PMDB), e de Fernando Botelho, cuja família controla a construtora Camargo Corrêa. A Folha não conseguiu localizá-los ontem.
O plano é criticado por ambientalistas, pois o aeroporto seria numa área ao lado da represa de Guarapiranga, que abastece 3,7 milhões de pessoas. Para eles, a construção fere as leis de uso e ocupação do solo."O aeroporto não é poluente. Ajudará a região a progredir", diz o vereador Ricardo Nunes (PMDB).
