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Cotidiano

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Justiça do RS bloqueia bens de pai do menino Bernardo

Laudo descarta hipótese de o garoto de 11 anos ter sido enterrado vivo

Advogado do médico não é achado para falar sobre medida; ele já tinha negado participação no crime

DE PORTO ALEGRE

A Justiça do Rio Grande do Sul decretou ontem o bloqueio dos bens do médico Leandro Boldrini, suspeito de envolvimento na morte do filho Bernardo, 11.

A medida atende a um pedido do Ministério Público e foi tomada por um juiz da cidade de Três Passos, onde a família vivia.

Leandro, a madrasta de Bernardo, Graciele Ugolini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz estão presos desde que o corpo do menino foi encontrado em um matagal, na semana passada.

Com a decisão, o médico fica proibido de realizar movimentações financeiras ou de vender propriedades.

Bernardo era o único herdeiro da mãe, que morreu em 2010. O inventário dela ainda não foi concluído.

Segundo a promotora Dinamárcia Maciel, o bloqueio dos bens evita que Leandro use o patrimônio do filho para custear a sua defesa.

A Promotoria considera que não seria "digno" o médico se tornar herdeiro do garoto que é suspeito de ter ajudado a matar.

O juiz responsável, Marcos Agostini, argumentou que o Código de Processo Civil autoriza o magistrado a tomar "medidas provisórias" para evitar que uma parte prejudique o direito de outra antes de um julgamento.

Ele também determinou que a avó materna de Bernardo seja notificada da situação, o que permite que ela entre como parte no caso.

Um laudo divulgado ontem concluiu que Bernardo não foi enterrado vivo.

OUTRO LADO

A reportagem não conseguiu localizar ontem o advogado de Leandro para comentar a decisão da Justiça de bloquear seus bens.

Em ocasiões anteriores, sua defesa negou envolvimento do médico na morte do filho e disse que ele pagou um preço por ser "absurdamente dedicado ao trabalho".

A defesa de Graciele diz que ainda analisa o caso. Já o advogado de Edelvânia nega envolvimento dela na morte do menino, mas admite participação na ocultação do cadáver.

O inquérito sobre a morte ainda não foi concluído.


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