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Briga pode ter motivado morte de médico

Renomado cirurgião Cláudio Gomes é suspeito de mandar matar colega; ele e o filho foram presos na terça no Recife

Advogado afirma que pai e filho são inocentes e que vai recorrer da prisão; corpo da vítima foi achado em maio

DANIEL CARVALHO DO RECIFE

Um desentendimento profissional pode ter levado um renomado médico do Recife a mandar matar um colega de trabalho no último dia 12, de acordo com a Polícia Civil pernambucana.

O cirurgião Cláudio Amaro Gomes, 57, é suspeito de ser o mandante do assassinato do também cirurgião Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36.

O delegado Guilherme Caraciolo, responsável pelas investigações, afirma não poder detalhar as circunstâncias do crime, pois ainda procura por outros dois suspeitos.

O filho de Gomes, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, também participou do crime, segundo a polícia, que diz ter encontrado suas digitais num recipiente usado para incendiar o carro do médico morto.

Além disso, a polícia afirma que câmeras de segurança e da companhia municipal de trânsito mostram o carro de Gomes Júnior fazendo o mesmo percurso seguido pelo médico assassinado.

O médico foi preso nesta terça (3), em casa, no bairro de Boa Viagem. O filho dele foi detido em um bar no bairro da Encruzilhada. Ambos estão presos preventivamente no centro de Abreu e Lima, no Grande Recife. A defesa dos dois nega as acusações.

"Vamos procurar o Judiciário para mostrar que essas pessoas estão sendo detidas indevidamente. São inocentes", disse o advogado Altamiro Fontes à imprensa local.

"As provas [contra os dois] nem sequer foram apresentadas aos advogados aqui presentes", afirmou Fontes.

Em nota oficial, a polícia afirma já haver "provas suficientes para a denúncia dos presos, inclusive com a certeza da participação do Cláudio Júnior na execução do crime".

A polícia encontrou um revólver calibre 38 no carro de Gomes Júnior, que já havia sido autuado por porte ilegal de arma, em 1997, no Rio.

O corpo de Artur Eugênio de Azevedo Pereira foi localizado em maio, com marcas de tiro, às margens da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, cidade vizinha ao Recife. Seu carro foi achado queimado na capital pernambucana.

Gomes e Pereira trabalhavam no mesmo hospital, no Recife. Gomes comandou a equipe que atendeu em 2010 o então presidente Lula, quando ele teve uma crise de hipertensão ao cumprir uma agenda política na cidade.


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