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Arma de acusado de matar zelador foi usada no Rio

Há ligação com morte do ex-marido da mulher do publicitário, diz polícia

Advogado disse que vai se reunir com seus clientes antes de dar declarações; casal continua preso em SP

RAFAEL RIBEIRO DO "AGORA"

O silenciador e o cano de pistola calibre 380 apreendidos no apartamento do publicitário que confessou a morte do zelador de seu prédio, na zona norte de São Paulo, foram utilizados em um crime ocorrido em 2005 no Rio de Janeiro, segundo a polícia.

O exame de balística apontou que o armamento achado no guarda-roupa do apartamento do publicitário Eduardo Martins, 47, e da mulher dele, Ieda Martins, 42, foi usado no assassinato do ex-marido dela, José Jair Farias.

Segundo o delegado seccional da Casa Verde, Ismael Rodrigues, um silenciador tem um encaixe único com o cano. "É como uma impressão digital", disse. O casal está preso em São Paulo.

O ex-marido de Ieda foi morto em dezembro de 2005, no Rio. O corpo foi achado no carro, em frente à sua fábrica de postes. Familiares disseram que R$ 100 mil em dinheiro, sacados para pagar funcionários, sumiram.

Ieda e Martins, casados há cerca de dez anos, tiveram o sigilo bancário quebrado na época, mas a polícia não encontrou evidências de crime.

O casal foi investigado devido a uma ocorrência registrada em 2002 pelo empresário contra o publicitário, relatando ameaças de morte.

Após a divulgação da morte do zelador, que desapareceu no dia 30 de maio, familiares do empresário entregaram à polícia do Rio uma gravação que disseram ser de conversa entre Farias e Ieda.

A mulher pede R$ 3.000 para liberar uma visita do empresário ao filho que tiveram juntos --hoje com 18 anos.

Flagrado pela polícia queimando partes do corpo do zelador Jezi Souza, 69, Martins confessou o crime. Ele afirmou que a morte de Souza foi acidental, quando o zelador bateu a cabeça no batente da porta durante uma briga.

Ele afirmou à polícia que Ieda não sabia do crime. A mulher, no entanto, teve a prisão temporária decretada pela Justiça do Rio pela suspeita de participação na morte do ex-marido.

OUTRO LADO

Advogado de Ieda e Martins, Mar­cello Primo Muccio disse ontem (2/7) que vai se reunir até o final desta semana com seus clientes para traçar um novo plano de defesa. "E somente aí comunicare­mos algo à imprensa", disse.

Por enquanto, a defesa mantém a versão de que a morte do zelador foi acidental e que a advogada não sabia do crime.

Em depoimento no mês passado, Ieda disse que não tinha motivos para matar o ex-marido. Segundo a polícia, Martins também negou envolvimento nesse crime.


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