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Filho afirma que matou cineasta 'por impulso' após surto

Aos 80 anos, Eduardo Coutinho morreu a facadas em apartamento na zona sul do Rio

DO RIO

Na última sessão de audiências no julgamento do processo que apura a morte do cineasta Eduardo Coutinho aos 80 anos, o principal depoimento coube ao acusado: Daniel Coutinho, 41, filho dele.

Nesta quarta (2), Daniel, que responde também por tentativa de homicídio da própria mãe, confirmou em depoimento que esfaqueou os pais "por impulso".

Ele contou que sofria de síndrome do pânico e que, dias antes do crime, raspou a cabeça e teria percebido uma inscrição de sequência 666.

"Quando achei a sequência de números na minha cabeça, eu pensava que era o demônio", afirmou. "Era uma obsessão espiritual, fui induzido a matar meus pais e depois a me matar".

Ele explicou que dormia com uma faca dias antes do crime. Disse que, naquele dia, acordou em pânico, sobressaltado, e decidiu, num surto, matar os pais e depois suicidar-se.

Na tentativa de causar-lhes, segundo ele, uma morte indolor, atacou os pais enquanto dormiam.

Primeira a ser agredida, a mãe conseguiu escapar para o banheiro. O cineasta levantou-se e acabou sendo morto.

A alegação de insanidade de Daniel vinha sendo trabalhada pela defesa desde o começo das oitivas.

ACORDO

No dia 19 de maio, a mãe do acusado depôs e confirmou o comportamento estranho do filho.

Ela afirmou que Eduardo e o filho chegaram a fazer um acordo em que o cineasta se comprometia a não tentar interná-lo caso ele deixasse de ser agressivo no ambiente doméstico.

Daniel matou o pai e feriu a mãe em 2 de fevereiro, no apartamento da família na Lagoa, região na zona sul do Rio de Janeiro.


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