Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Antônio Ricardo Comassetto (1930-2014)

Foi radialista por quase 6 décadas

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Nas manhãs de domingo dos últimos 59 anos, Antoninho da Fronteira cantou e falou da saudade. Da falta que fazia sua terra, Santa Maria (RS), mas também da saudade que sentem os outros.

Nasceu Antônio Ricardo Comassetto, e foi um monte de coisas: operário em frigorífico, compositor, cantor, repentista, amante e divulgador da cultura gaúcha.

Foi no rádio que ficou conhecido: apresentou, por quase seis décadas, o programa dominical "Saudade da Minha Terra", na Rádio Rural de Concórdia (SC), onde viveu até morrer.

Saiu do Rio Grande do Sul em 1950. Trabalhador do campo, precisava de emprego mais estável. Soube que, em Concórdia, um frigorífico estava contratando jovens.

Foi e ficou. Mas a saudade da roça bateu e virou músicas. Várias, mais de cem. Delas surgiram dois LPs, três CDs e um DVD.

"As músicas dele falavam da saudade do campo, da vida do trabalhador da roça, homem simples", conta o sobrinho Noé de Vargas, 68.

Como cantor, Antoninho ficou conhecido na cidade catarinense. Veio então o chamado do rádio. Estreou seu programa em 1954.

Criou também outro clássico radiofônico de Concórdia: o "Roda de Chimarrão".

Foi sócio e fundador do Centro de Tradições Gaúchas "Fronteira da Querência" --daí o apelido "fronteiriço". "Também me levou para o rádio", diz o sobrinho Noé, radialista em Concórdia.

Antoninho morreu na terça (2), aos 84, de problemas nos rins. Deixa saudade. E também mulher e três filhos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página