Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Alda Morettini Stedile (1919-2012)

A italiana e sua receita de espaguete

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Nos anos 20, quando Alda Morettini Stedile era criança na Itália, sua mãe deixou de receber notícias do marido. Ele tinha vindo ao Brasil atrás de terras para criar cavalos.

Por volta dos sete anos, a menina Alda desembarcou em Santos com a mãe, que anunciou no jornal: "Dona Gilda Morettini e sua filha, chegadas da Itália, procuram Evaristo Morettini; se alguém souber do paradeiro dele, comunique ao consulado italiano".

Evaristo estava no porto, prestes a embarcar de volta, quando, por sorte, leu o comunicado. A família se reencontrou na capital paulista.

Nascida em Perugia, Alda acabou perdendo a mãe na infância e o pai no fim da adolescência. Depois disso, os parentes italianos a queriam de volta, e ela decidiu retornar. Walter, engenheiro que ela havia conhecido, foi junto.

Ele desistiu da pós-graduação nos EUA para fazer o curso na Itália e a pediu em casamento. Ficaram três anos lá, até voltarem a São Paulo.

Walter foi gerente-geral da Vemag, fabricante do DKW, primeiro automóvel nacional. A família diz que o primeiro carro foi dado a Sarah Kubitschek, mulher do então presidente JK, e o segundo, a Alda.

Gostava de patinação -foi campeã da modalidade artística nos anos 30- e adorava cozinhar. Ensinou a fazer espaguete à putanesca no livro "Cozinha dos Imigrantes: Memórias & Receitas", de Marina Heck e Rosa Belluzzo.

Era positiva e ajudava todo mundo, segundo a família.

Morreu na terça (4), aos 93, devido a problemas vasculares. Teve quatro filhos e seis netos. A missa do sétimo dia será amanhã, às 19h, na igreja São Domingos, em São Paulo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página