Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

OAB afirma que falta ação direta nos hospitais

Segundo juiz, casos são comuns na cidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Ribeirão Preto afirmam que deveria haver esclarecimento dos órgãos oficiais e uma política pública atuante em relação às pessoas sem certidão de nascimento.

De acordo com o diretor da ordem em Ribeirão, Otávio Celso Furtado Nucci, o número de crianças registradas fora do tempo é considerado "gravíssimo para uma cidade rica como Ribeirão".

Segundo ele, o poder público deveria agir em parceria com as maternidades dos hospitais para que situações como essa fossem evitadas. "O hospital e o Conselho Tutelar, por exemplo, deveriam se comunicar", diz Nucci.

O juiz da Vara de Infância e Juventude de Ribeirão, Paulo César Gentile, diz que "é normal" haver casos de crianças sem certidão, mas ele só toma conhecimento do fato quando elas sofrem maus-tratos e são encaminhadas aos abrigos. "Geralmente são crianças de dois a três anos."

Nem todos os cartórios e hospitais registram o bebê logo que ele nasce. Na cidade do interior paulista, por exemplo, Mater, Sinhá Junqueira, Santa Casa e Hospital das Clínicas contam com o serviço dentro das unidades. Mas os pais também podem optar por registrar os filhos diretamente no cartório.

Embora a certidão de nascimento seja gratuita e exista a facilidade para registro em alguns hospitais, Ribeirão ainda não conseguiu acabar com o problema de crianças com mais de um ano sem este direito mínimo garantido.

Até 1997, os cartórios cobravam taxas para o registro de recém-nascidos. Assim, até então, era muito comum crianças registradas muito depois do nascimento, em razão da pobreza das famílias.

Para o sociólogo e antropólogo Antônio Flávio Testa, o problema dos sem-certidão é uma questão nacional e envolve pouca disposição das famílias e do poder público. "O Estado tem de ser mais eficiente, e a sociedade, mais proativa", afirmou.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página