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Análise

Há boas iniciativas, mas insuficientes quando se fala em garantir segurança

ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS ESPECIAL PARA A FOLHA

As regiões Sul e Sudeste estão chegando ao período de chuvas, marcado nos últimos anos por tragédias associadas a enchentes e deslizamentos.

Em resposta aos desastres, várias iniciativas foram tomadas. Será, no entanto, que elas são suficientes para deixar o país melhor preparado?

Sem dúvida, houve avanços em alguns quesitos. Como exemplo, há o envolvimento de órgãos públicos, o mapeamento de áreas críticas, a estruturação de sistemas de alerta e a adoção de lei específica para a gestão desses riscos.

Porém, é preciso reconhecer que são pequenos os ganhos práticos no sentido de garantir segurança para as populações mais ameaçadas.

Há deficiências associadas à falta de linhas de comando e de articulação entre os diversos órgãos e à resistência da administração pública em adotar uma abordagem mais preventiva, envolvendo o planejamento urbano.

Isso porque as cidades brasileiras continuam a crescer cometendo os mesmos erros e incongruências técnicas que levaram aos riscos atuais.

No caso das enchentes, impermeabilizando o solo, expondo-o à erosão por terraplanagem, canalizando excessivamente rios e córregos etc.

Já nos deslizamentos e solapamentos, repetindo ações como a ocupação de encostas e fundos de vale que jamais deveriam ser habitados -ou mesmo ocupando com técnicas inadequadas terrenos até potencialmente urbanizáveis.

E também é preciso considerar a tendência atual de comodismo com as medidas de alerta -o que envolve um incorreto pressuposto de que a gestão de riscos se resume a tocar sirenes e fazer as pessoas correrem de suas casas.


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