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'É preciso coragem para mexer em vespeiros', diz Young

Vereador eleito pelo PPS, Ricardo Young defende que a Câmara exerça fiscalização mais rígida em contratos da prefeitura

MARIANA DESIDÉRIO DE SÃO PAULO

O empresário Ricardo Young (PPS) estreia em seu primeiro mandato como vereador. Com o apoio de Marina Silva, candidata a presidente pelo PV em 2010, ele foi eleito para a Câmara de São Paulo com 42.098 votos.

Young faz críticas à atuação do prefeito Gilberto Kassad (PSD) nas áreas de transporte público e planejamento urbano e afirma que a Câmara deve ter coragem para "mexer em vespeiros".

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Folha - Quais serão suas principais áreas de atuação?

Ricardo Young - O principal eixo de atuação vai ser trazer a sustentabilidade para a discussão do Plano Diretor, das operações urbanas, do Código de Obras e dos temas da mobilidade. Quero criar uma frente parlamentar de sustentabilidade.

Como a sustentabilidade poderia estar mais inserida na legislação da cidade?

No Código de Obras, por exemplo, em vez de privilegiar construções não sustentáveis, é criar estímulos para a construção com reúso de materiais, eficiência energética e uso de energia solar.

Como avalia a gestão Kassab?

Não avalio bem. Ele não atingiu as metas, 45% não foram atingidas. A questão da mobilidade avançou no caso das ciclovias, mas porque a pressão dos cicloativistas foi muito forte. Tirando isso, a preocupação continuou sendo a malha viária.

O seu partido, PPS, apoiou José Serra (PSDB) no segundo turno. Como será sua posição em relação a Haddad?

Uma das condições de minha filiação é que não faria alinhamentos automáticos. Isso fez com que eu não apoiasse o Serra nem o Haddad. Tenho boa relação com Haddad, o respeito, acho que é um homem público que vem com boa vontade.

Como avalia a Câmara nos últimos quatro anos?

Melhorou muito quando o Police Neto [PSD] assumiu a presidência. A Câmara teve um período muito ruim e evoluiu na questão técnica, no controle dos vereadores, em transparência. Esses avanços precisam ser preservados e a nova Mesa tende a continuar com esses compromissos.

Quais são os principais pontos a se melhorar ainda na Câmara?

Mais transparência, mais agilidade, discussões mais republicanas e coragem para mexer em vespeiros. Existem contratos da prefeitura que precisam de fiscalização corajosa, porque mexem com muitos interesses. Contratos com concessionárias de ônibus, de lixo, da outorga onerosa...

E Câmara também não deve se submeter aos interesses partidários e aos do Executivo, que podem não corresponder ao que é melhor para a cidade. A independência da Câmara, sem atravancar o Executivo no que ele está fazendo de bom, é um grande desafio.


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