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'Não sou oposição nem situação', diz Tripoli

Vereador mais votado da eleição de 2012, Roberto Tripoli (PV) recusou cargo de secretário do Verde e do Meio Ambiente

Desde 1989 na Câmara, vereador diz que vai manter o foco no meio ambiente, nos idosos e na proteção de animais

MARIANA DESIDÉRIO DE SÃO PAULO

Roberto Tripoli (PV) é vereador de São Paulo desde 1989. Em 2012, foi reeleito mais uma vez, para o sétimo mandato, com a maior votação da cidade: 132 mil votos.

Tripoli foi indicado pelo prefeito eleito Fernando Haddad (PT) para ocupar a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, mas desistiu da pasta. Ele, que já foi do PSDB, diz, porém, que não fará oposição ao prefeito. Afirma que não será nem oposição nem situação.

Tripoli diz que pretende continuar trabalhando por temas já presentes em seus últimos mandatos -meio ambiente, idosos e proteção dos animais- e que a Câmara foi atuante nos últimos anos na fiscalização do Executivo.

Folha - Quais serão seus principais focos neste mandato?
Roberto Trípoli - Vou me debruçar sobre os mesmos temas que me debruço nos últimos anos, que é a questão da proteção aos animais, a questão dos idosos e a fiscalização do Poder Executivo.
Em relação aos hospitais públicos para cães e gatos, já discuti com Fernando Haddad no sentido de poder inaugurar o terceiro na zona sul. Já temos um na zona leste, o próximo deve ser na zona norte e, até o fim do ano, teremos um na zona sul.
Em relação à melhor idade, coloquei no Orçamento recursos para equipamentos de ginástica em praças.

Após desistir da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, o sr. fará oposição a Haddad?
Nunca disse que sou oposição e também não sou situação. Eu nunca fui da base de nenhum prefeito. Acho que você tem que colaborar. O prefeito foi eleito com a maioria dos votos da população, então tem que respeitar isso. E, no Poder Legislativo, você respeita fiscalizando o prefeito.
Acho que a pessoa que fala que vai ser oposição está errada. [A gestão] Nem começou, vai ser oposição a quê?

Como vê a escolha do vereador Ricardo Teixeira (PV) para a pasta do Verde?
A escolha passou por mim também. Fui eu que reuni o partido e declinei do convite do prefeito. A partir daí se buscou o perfil que se encaixasse. E, neste primeiro momento, o perfil de Teixeira é perfeito. Foi uma escolha nossa, então não tem o que se discutir.

O que espera do governo de Haddad?
Espero o melhor possível. Torço por São Paulo. Ele é dinâmico, jovem, tem força de vontade, tem uma ligação muito forte com o governo federal, acredito que vai conseguir trazer recursos para a cidade. Espero que, como Kassab, colabore com o metrô.

Como avalia a gestão do prefeito Kassab?
O que aconteceu é que ele fundou um partido e teve uma grita no Brasil inteiro contra ele por causa disso. Isso passou para a população, que o Kassab não estava trabalhando e estava mais preocupado com o partido, o que não é verdade. Acho que ele foi um ótimo administrador e que a população, portanto, vai repensar a respeito [da avaliação de seu governo].
Não tiveram denúncias, como tiveram em governos passados. Tivemos o caso Aref [ex-diretor da prefeitura, Hussain Aref Saab, suspeito de ter comandado esquema criminoso na aprovação de obras], funcionário denunciado pelo próprio prefeito.

Isso não pode ter sido também uma falha da Câmara em seu papel de fiscalizar?
A Câmara foi atuante. No mandato do Police Neto [PSD], quantas CPIs, quantos secretários foram depor? Todas as pessoas convidadas estiveram presentes. Coisa que em outros governos se blindava.

Qual foi o principal avanço da Câmara nos últimos anos?
Hoje você tem as reuniões das comissões transmitidas pela internet, pode acompanhar como o parlamentar em quem votou está atuando. Acho que a Câmara tem que dar espaço para a população fiscalizá-la. Espero que o futuro presidente amplie mais ainda essa questão.


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