Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Estado paralisa projeto de inspeção veicular

Decisão é contrária à vontade do prefeito Fernando Haddad (PT) de que a vistoria seja exigida ao menos na Grande São Paulo

Prefeitura de SP diz que perde em arrecadação pois os motoristas licenciam seus carros em cidades do entorno

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

O governo de São Paulo não vai implantar a inspeção veicular obrigatória em todo o Estado neste ano.

"Existe um projeto na Assembleia [Legislativa] que ainda precisa ser amadurecido", disse ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

A decisão contraria a intenção do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que pretendia ver a inspeção ser feita, pelo menos, em toda a Grande São Paulo.

Segundo a prefeitura, São Paulo está perdendo em arrecadação do IPVA e, além disso, não está tendo uma melhor qualidade do ar por causa do programa. Pelas contas, a cidade vai deixar de arrecadar R$ 6 bilhões entre 2013 e 2023.

"Os dados [de medição da poluição do ar] são de que a situação é rigorosamente a mesma", tem dito Haddad.

Não existe apenas um, mas dois projetos de lei sobre o tema parados na Assembleia há mais de um ano.

Um, enviado em 2009 pelo então governador José Serra, por meio do ex-secretário do Meio Ambiente Francisco Graziano. O outro é da oposição, do deputado Adriano Diogo (PT), também de 2009.

Segundo ele, como o governo tem ampla maioria na Assembleia, apenas por vontade dos governistas é que o tema entrará na pauta em 2013.

PROMESSA

A inspeção é vista por especialistas como um importante programa para auxiliar a redução da poluição do ar.

Além da negativa tucana em discutir o tema, a própria prefeitura petista pretende rediscutir a forma como o programa é feito hoje.

Segundo o plano apresentado no início da gestão Haddad, o programa municipal pode ser abrandado. Um projeto de lei sobre o tema deve ser enviado à Câmara no início de fevereiro.

O problema é que a prefeitura precisa resolver como arcar com os custos de acabar com a taxa de inspeção paga pelo motorista -promessa de campanha de Haddad.

Por isso, cogita-se liberar carros novos do programa e mudar a inspeção para toda a frota, tornando-a bianual. A medida é considerada um "retrocesso" por especialistas.

O recuo dos governos estadual e municipal pode travar o programa em outros Estados, dizem também os técnicos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página