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Folhateen

Dj sub-20

Tocando em festas desde os 16 anos, DJ E-Cologyk produz as próprias faixas e assina com agência aos 18

TRAJANO PONTES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Debaixo do boné de aba reta, tão na moda entre os caras da sua idade, Paulo Henrique Castro é um menino tímido de 18 anos. O acessório é todo preto, mas ele negocia um patrocínio para em breve poder estampá-lo.

"Uma marca mexicana vai fazer minhas camisetas. Estou tentando outra para o boné porque não vivo sem ele."

As coisas vêm acontecendo rapidamente para o DJ e produtor de música eletrônica. Apesar de jovem, o DJ E-Cologyk, como Paulo se apresenta na noite, tem estrada.

Desde os 16, toca electro house em lugares onde sequer poderia entrar para dançar e, em dezembro, assinou contrato com a Entourage, importante agência de DJs.

Com ela, tem apresentações marcadas no Clash, clube badalado de São Paulo, no interior e em outros Estados. "Com venda de música não se ganha muito. O negócio é tocar em festa", aponta.

TUTORIAIS E CARROS

Paulo diz que o primeiro contato com o electro foi pelo rádio, aos 13 anos. "A partir daí, entrei em comunidades do Orkut para baixar música e encontrar produtores. Aprendi a produzir pelos tutoriais do YouTube."

À época, ele pensava em estudar desenho automotivo. Mudou de ideia quando descobriu que existia a faculdade de produção musical.

"Meu pai não queria deixar que eu fizesse, mas minha avó me ajudou a convencê-lo. Hoje ele até me acompanha a algumas festas", diz.

Os dois anos de lições teóricas e práticas acabaram em 2012. Para ele, as aulas de audioacústica, que ensinam a criar um ambiente de estúdio ou clube, foram as mais difíceis. "Era muita matemática e física", relembra.

Morando com os pais e a irmã mais nova em Guarulhos, Grande São Paulo, Paulo diz que faz pouco além de ir ao shopping, comer e dormir. Confessa que passa muito, muito tempo na Internet.

"Cuido dos meus perfis no SoundCloud e no Beatport, onde coloco as minhas produções. E é ali que busco músicas novas." Nas redes sociais, ele publica suas faixas originais, os 40 remixes que já produziu e sets completos.

Fã de electro house, hip-hop e dubstep, está longe de ser um "party monster". Diz que não bebe, não fuma e não tem vontade de começar. "Meu negócio é só a música."

Entre os artistas que ouve, Paulo cita os brasileiros Dirtyloud e Alex Mind, além dos ingleses do Koan Sound e do norte-americano Skrillex, outro que começou cedo.

"Vi o Skrillex em 2012, bem na frente do palco e no meio dos empurrões. Minhas pernas não aguentavam mais", diz, como quem espera estar diante da multidão em breve.


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