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Homem morre em SC após ser atingido por arma de choque

Marcos Antônio Clarinda, 48, recebeu 2 disparos da PM de Florianópolis; polícia diz que ele dirigia em alta velocidade

Ele ainda recebeu uma injeção de tranquilizante antes de morrer; este é o segundo caso em menos de um ano na cidade

JEFERSON BERTOLINI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Um homem de 48 anos morreu na madrugada de ontem em Florianópolis depois de receber de policiais militares disparos de pistola Taser, que imobiliza por eletrochoque, e de receber tranquilizantes da equipe de socorro médico.

Ainda não se sabe a causa da morte. As polícias Civil e Militar abriram inquérito para apurar o caso -é a segunda morte na cidade relacionada a esse tipo de arma em menos de um ano.

Segundo o boletim de ocorrência, o pedreiro Marcos Antônio Clarinda foi perseguido por policiais militares por supostamente estar dirigindo em alta velocidade por uma avenida do bairro Capoeiras, na parte continental da cidade.

O motorista foi cercado a cerca de cinco quilômetros da primeira abordagem.

O delegado Egídio Klauck disse que os militares declararam ter disparado dois tiros de borracha e um com munição de pistola contra o carro para fazer o motorista parar.

Afirmaram que, depois, deram dois tiros com a Taser porque o motorista estava muito agitado ao ser cercado. E, como os disparos não o imobilizaram, chamaram uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) para acalmá-lo com remédios.

Clarinda recebeu duas doses de um tipo de tranquilizante no carro da polícia. Como ele estava passando mal foi levado ao Hospital Celso Ramos, onde morreu. A Folha procurou o Samu, mas não teve resposta.

Não havia drogas ou bebida no carro, segundo o boletim.

A Polícia Civil apreendeu as seringas e aguarda exames no corpo do motorista para avançar nas investigações. A Polícia Militar declarou, via assessoria de imprensa, que ainda é prematuro apontar se houve erro no uso da Taser.

OUTROS CASOS

Em março de 2012, um homem de 33 anos morreu ao levar tiros da pistola Taser, também em Florianópolis.

No mesmo mês, o brasileiro Roberto Curti, 21, foi morto com ao menos 14 choques de policiais em Sidney, na Austrália. Ele fugiu ao ser abordado sob suspeita de ter roubado um pacote de bolachas.

A juíza encarregada de investigar o caso decidiu encerrá-lo em novembro, sem levá-lo à corte criminal. Foi determinado que os policiais passariam por ação disciplinar.


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