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Depoimento

Alerta de notícias da CNN parece que nunca vai bater à porta de casa

ÁLVARO FAGUNDES EDITOR-ADJUNTO DE “MERCADO”

Na vida de um jornalista que acompanha o cenário internacional, o alerta de notícias da CNN é um guia (é algo que pode ser relevante) e uma preocupação (o que ocorreu?), mas não é algo que se imagina que vá bater na porta da nossa casa.

Quando, pouco antes das 10h, o iPad avisa, via CNN, que 90 pessoas morreram em uma boate no Sul do Brasil, a reação instintiva foi: onde se repetiu Cromañón? Em Porto Alegre? Quem sabe no Paraná ou em Santa Catarina? Nunca em Santa Maria.

Não que nós santa-marienses sejamos alheios a incêndios, o que me leva a questionar se olhamos com a atenção devida para o risco de uma tragédia.

Ali mesmo em frente à Kiss ("kids", para nós trintões), um centro comercial foi destruído nos anos 90.

Na mesma década, poucas quadras acima, o fogo levou um mercado e, quadras abaixo, foi a vez de um prédio da estação ferroviária.

Em 2007, o colégio Centenário, um dos mais tradicionais, perdeu parte da sua história em um incêndio.

Todas essas lições parecem não ter sido aprendidas até a tragédia chegar na vida de jovens que estavam ali para se divertir e/ou financiar a formatura de faculdade.

Santa Maria é uma cidade universitária que atrai milhares de jovens de várias regiões (é uma "incubadora de talentos", costumo brincar) e essas festas são uma tradição na vida dessa juventude nos ensinos médio e superior.

Funciona, de modo geral, assim: os jovens se unem aos locais de evento, se responsabilizam em vender uma cota dos ingressos e ficam com parte da receita da festa. Com isso, conseguem abater os custos da formatura.


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