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Análise

Será difícil articular interesse público e viabilidade econômica

FERNANDO SERAPIÃO ESPECIAL PARA A FOLHA

Lançada em menos de 40 dias de mandato, a convocação de candidatos ao edital do estudo de viabilidade do Arco Tietê é a primeira etapa para tirar do papel o Arco do Futuro, ideia difundida na campanha pelo então candidato Fernando Haddad.

O edital mira o braço do Arco para onde promete convergir o interesse imobiliário da cidade. O mais difícil será articular os interesses públicos à viabilidade econômica -que, necessariamente, passa por interesses privados. Dado os inevitáveis impactos na vida dos cidadãos, espera-se um amplo debate público.

A região já foi objeto de projetos não implantados. Como exemplos, há o parque que o urbanista Saturnino Brito propôs em 1926, um parque ecológico imaginado por Roberto Burle Marx e uma proposta de Oscar Niemeyer de desapropriar uma faixa de 18 quilômetros por um de largura para fazer uma área verde pontuada por núcleos institucionais e habitacionais.

Independentemente da qualidade ou da viabilidade das propostas, elas tinham em comum algo desejável ao futuro projeto: propunham uma relação saudável da cidade com o rio, asfixiado pelo automóvel.

Por ora, o que causa apreensão é a escala proposta: a área em questão equivale a quase 40 parques Ibirapuera. Apesar das diferenças, o projeto Nova Luz -menina dos olhos da gestão anterior- tinha menos de 10% dessa área e alguns urbanistas o consideravam grande.


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