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Renato Tetsuo Okuda (1974-2013)

Um carismático professor de caratê

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Durante um pequeno período na adolescência, Renato Tetsuo Okuda pensou em ser fotógrafo. Fez curso e até trabalhou num estúdio. Mas, nos anos 90, após passar um ano no Japão, redefiniu seus planos: iria se dedicar ao caratê e trabalhar com o pai.

Tetsuo, como era conhecido, foi filho de Taketo Okuda, mestre japonês de caratê que veio ao Brasil com a mulher no início dos anos 70 para ensinar a modalidade e abriu a Butoku-kan, academia em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Aos cinco anos, Tetsuo começou a aprender artes marciais. O período no Japão, que acabou com as dúvidas sobre que carreira seguir, foi para treinar. Estudou educação física e fez uma pós-graduação sobre fisiologia do esforço.

Era professor na Butoku-kan e muito querido pelos alunos, principalmente pelas crianças, por ser carismático, doce e gentil, segundo amigos e familiares. "O caratê que eles ensinam [na academia] não é só uma luta, mas uma filosofia de vida", diz a irmã, Keiko, que vive nos EUA desde 2001.

Foi durante as aulas que Tetsuo conheceu Cristina, aluna de quem ficou noivo. Estavam juntos havia mais de um ano.

Há poucos dias, no enterro da mãe de uma amiga, reviveu a morte da própria mãe, Hamako, em setembro do ano passado. Até então, morava com ela, desde a separação dos pais. Mantinha a foto da mãe como tela de fundo do celular e usava a data de nascimento dela como senha.

Muito deprimido nos últimos dias, foi achado morto no domingo, aos 38, pela noiva, em frente ao altar feito para a mãe em casa. A família aguarda o resultado da necropsia para saber a causa da morte.


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