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Temporais estão cada vez mais frequentes na capital

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Os temporais que sempre assustam São Paulo estão mais frequentes. É o que indica estudo feito por especialistas em climatologia da USP (Universidade de São Paulo).

Segundo os cientistas, o que mais deve preocupar os gestores públicos não é, portanto, a quantidade medida de chuva. Mas, sim, a ocorrência cada vez maior das tempestades em São Paulo.

Sem uma maior preparação para essas chuvas mais concentradas, dizem os especialistas, a vulnerabilidade apresentada pela capital anteontem vai crescer.

"Por causa das ilhas de calor, que é um fenômeno local, e as mudanças climáticas globais, os temporais estão ocorrendo mais nas últimas décadas, em comparação com a metade do século passado", afirma Maria Assunção Dias, pesquisadora do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP.

Uma chuva forte, na avaliação dos cientistas, é aquela que atinge mais de 40 mm (cada milímetro equivale a 1 litro d'água por metro quadrado), por exemplo.

Entre 2000 e 2009 ocorreram 70 chuvas acima dessa marca em São Paulo; nos anos 1970 foram 50 registros.

Entre 1935 e 1944, então, ocorreram 30 temporais com mais de 40 mm. Os dados consideram as informações obtidas na estação meteorológica do IAG, na zona sul.

Tendência semelhante, diz Maria Assunção, ocorre quando a análise é feita com chuvas superiores a 60 mm.

ACIMA DE 80 MM

Tempestades acima dos 80 mm, como a registrada anteontem no bairro do Butantã (zona oeste), também ocorreram mais entre 2000 e 2009 do que em períodos anteriores.

Foram registrados nove eventos neste período (em média, menos de um por ano). Entre 1940 e 1964, apenas quatro temporais acima dos 80 mm ocorreram em São Paulo.

"Os gestores públicos não podem ignorar essas tempestades. A cidade precisa estar preparada para esses [temporais] extremos", diz a cientista da USP. "Pode ser que essas chuvas não voltem a ocorrer em um ou dois anos, mas elas voltarão depois."


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