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Pessoa 'bem regulada' sente mais, diz médico

DE BRASÍLIA

As pessoas com rotina de sono mais bem regulada -dormir e acordar sempre na mesma hora- podem sentir mais os efeitos da mudança no horário de verão.

É o que afirma o médico responsável pelo serviço de medicina do sono do hospital Sírio-Libanês, Maurício Bagnato. O horário de verão é implantado anualmente, de outubro a fevereiro. "Você vai se sentir estranho? Pode ser que não. Quanto mais fixo o horário de dormir e acordar, mais regulada a pessoa está e, aí, pode ser que ela sinta mais", explica Bagnato.

Entre os possíveis efeitos do ajuste forçado dos ponteiros, estão alterações na capacidade de concentração, atenção, inteligência e aprendizado, explica o médico Raimundo Nonato, professor-adjunto de neurologia da UnB (Universidade de Brasília) e especialista em transtorno do sono. Para Nonato, o horário de verão é um "atentado à saúde do indivíduo".

"Ele submete o ser humano a uma das piores tragédias: a privação do sono."

Até por isso e pelos eventuais reflexos na sintonia dos hormônios, explica o professor da UnB, o impacto é maior no início do horário de verão, quando se perde uma hora. E tende a ser menor quando acaba, com uma hora a mais.

Segundo Bagnato, a diferença de uma hora costuma ser absorvida rapidamente, em aproximadamente dois dias. Uma mudança brusca de horário, por exemplo como numa viagem à China, pode ter impacto maior, com náuseas e tonturas.

O médico do Sírio dá uma dica que pode atenuar o possível impacto de atrasar o relógio em uma hora: dormir 20 minutos a mais em cada um dos três dias anteriores ao fim do horário de verão.

"Vai enganar um pouco. Como nosso relógio é muito preciso, essa uma hora faz diferença, as pessoas se sentem estranhas, se perguntam se é sono o que sentem. O que quer dizer? Que o relógio biológico está se adaptando."


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