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Antônio Cerulli Colucci (1930-2013)

Relojoeiro e empresário do bairro da Mooca

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Havia os que tocavam de 15 em 15 minutos e os que soavam de hora em hora. E havia um momento do dia em que todos os relógios apitavam juntos. A família de Antônio Cerulli Colucci, que morava nos fundos da relojoaria, acostumou-se àqueles sons.

Nascido na Mooca, zona leste de São Paulo, filho de um ourives conhecido no bairro, Antônio começou aos 12 anos como aprendiz numa relojoaria da região. Ficou lá até os 23.

Depois, abriu a própria relojoaria, a Santo Antônio, que passou por dois pontos -no último, vendia também presentes. Não era só comerciante; também consertava relógios com a lupa metida nos olhos.

Por um tempo, a família morou atrás da loja, e a sinfonia de cucos se tornou habitual. Era impraticável desligar 50 relógios de parede só para o conforto da família.

Nos anos 80, Antônio decidiu mudar de ramo e abriu com a mulher, Alzira, a confecção infantil Colucci Bambini. Além da fábrica, havia sete lojas da marca, sendo uma em Ribeirão Preto. A primeira unidade da rede, que durou até 2009, foi na rua Oscar Freire.

Era apaixonado pela Itália, mas dizia não ter comido lá um sfogliatelle (de massa folhada) tão bom quanto o da Di Cunto, sua doceria favorita na Mooca. Conversador, andava de suspensório e boina e adorava Frank Sinatra.

Estava insatisfeito com seu time (Palmeiras). Às vezes, ainda arrumava o cuco da filha.

Sofrera uma queda. Morreu na terça (19), aos 82, de choque séptico. Teve três filhas e sete netos. Na cremação, a família tocou "My Way". A missa do sétimo dia será no domingo, às 18h30, na igreja Assunção de N. Sra. (São Paulo).


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