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Seguro 'popular' custa menos, mas não cobre batida

Proprietário é indenizado em caso de roubo ou furto e tem direito à assistência 24 horas com guincho

Contratação do serviço é simplificada e direcionada a veículos com, no máximo, 15 anos de fabricação

LUÍS PEREZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre 70% e 75% da frota brasileira não tem seguro algum para o automóvel. De olho nesse filão, as empresas do segmento têm buscado alternativas que ajudem a incluir novos clientes.

Uma das opções é o Autofácil, da BNP Paribas Cardif do Brasil, que tem valor de aquisição menor, mas oferece cobertura apenas contra roubo e furto --não há indenizações em caso de batidas.

A contratação é simplificada, direcionada a veículos que tenham até 15 anos de uso e valor inferior a R$ 70 mil.

Não há franquia nem análise de perfil do condutor, mas são consideradas a região de circulação (levada em conta no caso de furto ou roubo), a marca e o ano-modelo do automóvel.

Para atrair seu público em potencial (jovens que estão adquirindo o primeiro carro e pessoas de renda mais baixa), o Autofácil realiza sorteios mensais de R$ 25 mil pela Loteria Federal. Contudo, para diminuir os riscos, obriga a instalação de um rastreador (da Ituran), sem custo extra.

"Nosso objetivo é ser um seguro alternativo. Agregamos ao nosso produto assistência 24 horas com guincho, serviço de troca de pneus, transporte alternativo e socorro em caso de pane elétrica ou mecânica", afirma Marcio Mainardi, diretor comercial geral da empresa.

Antes de contratar o plano, é preciso conhecer as limitações da cobertura e consultar se o modelo do veículo não está entre os "não elegíveis".

A reportagem indagou se seria possível fazer o seguro de dois veículos: um Honda CR-V versão topo de linha zero-quilômetro (R$ 114,9 mil) e o de um Smart Fortwo ano 2010, avaliado em aproximadamente R$ 43 mil. O primeiro foi recusado pelo preço. O segundo, embora estivesse dentro do teto sugerido, também foi negado, mas a atendente não explicou o porquê.

"Foi feita uma análise atuarial e, por isso, alguns modelos foram excluídos", diz Mainardi. Segundo o executivo, no site www.seguroautofacil.com.br é possível encontrar quais veículos podem ou não ser cobertos.

Dona de um Chevrolet Celta 2001, a enfermeira Michele Beniz Rubinho, 29, é um exemplo do público atingido pelo Autofácil.

Ela vai desembolsar R$ 89 mensais (R$ 1.068 no ano) para proteger seu veículo de furto e roubo.

Caso fosse contratar um seguro convencional, pagaria R$ 2.160, conforme pesquisa que ela mesma realizou antes de fechar negócio.

Entidades de defesa do consumidor, porém, recomendam cautela e alertam para os riscos de coberturas reduzidas, principalmente porque a maioria das ocorrências envolve acidente de trânsito, situação não coberta por esse tipo de seguro.


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