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Cobertura para moto de lazer é mais barata
Matemática vale para modelos 'custom' e estradeiras; para esportivas, não
Motocicletas pequenas e de valor mais baixo costumam ter seguros proporcionalmente mais salgados
Os planos de seguro para motos evoluíram de acordo com o mercado e não atendem somente a modelos de grande porte.
De maneira geral, a aceitação é garantida em motocicletas com motores a partir de 250 cm³. Mas há companhias, como a Porto Seguro e a Mapfre, que não impõem limite mínimo de cilindrada.
O preço da franquia segue os mesmos critérios válidos para carros: leva em conta modelo, marca, além de perfil, endereço e idade do dono.
Veículos utilizados para trabalho não são aceitos. Segundo Marcelo Sebastião, diretor da Porto Seguro Auto, "há estudos em andamento".
As motos com maior aceitação e menor preço (proporcional) de seguro são as "custom" e as estradeiras. O perfil médio do usuário desses modelos contribui para cotações mais atraentes.
"Modelos utilizados largamente como hobby saem mais em conta, pois o veículo é usado por apenas uma pessoa, geralmente mais madura. Já motos que transitam e param próximas de faculdades sofrem aumento na apólice, pois são locais com alta incidência de roubos e furtos", relata Anderson da Silva, gerente da Mapfre.
Uma "custom" como a Harley-Davidson Fat Bob tem valor anual médio de seguro de R$ 1.032, menor que o de uma Honda XRE 300 (R$ 1.867). Os cálculos são da Mapfre.
Motos pequenas e de valor mais baixo costumam ter valores proporcionalmente salgados: na Porto Seguro, uma Yamaha Factor 125 tem seguro de R$ 1.352. É pouco menos que a trail Teneré 250 (R$ 1.683). A nova "bigtrail" BMW R 1200 GS (R$ 74,2 mil), tem seguro a R$ 5.400.
Modelos mais esportivos, no entanto, não têm aceitação em algumas seguradoras. Na Porto Seguro, por exemplo, 80% das "nakeds" e das carenadas têm seguro negado. "Elas têm alta frequência de acidentes, muitas vezes com perda total e sérias sequelas ao condutor. O custo anual de seguro pode alcançar 40% de seu valor", completa Sebastião. Em motos "normais", a proporção não costuma passar dos 20%.
A Mapfre, por sua vez, não renega esportivas. Mas a apólice custa caro. Segurar uma Kawasaki Ninja 636, por exemplo, sai por R$ 16.290, quase um terço do preço da moto.
Por conta do menor "poder de destruição" em relação a um carro, o valor inicial de cobertura de danos para terceiros é mais baixo. Fica por volta de R$ 20 mil para modelos de baixa cilindrada e R$ 50 mil nos de alta cilindrada.
A idade do condutor é considerada crítica - e eleva o valor do seguro - para motociclistas com até 24 anos.