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Multiúso avança para polos de crescimento no interior

Cidades que vivem pujança econômica são alvo desses empreendimentos

Centros querem atrair executivos que chegam para trabalhar nas empresas que se instalam nesses locais

CLARA ROMAN DE SÃO PAULO

Atraídos pelo desenvolvimento econômico, incorporadoras têm investido em empreendimentos multiúso também no interior.

Já se espalharam por todo o Estado de São Paulo, em cidades de médio porte como Santos e São José dos Campos, além da região metropolitana da capital.

Hotéis, escritórios, residências e shoppings se reúnem em um mesmo local, com o intuito de facilitar a vida de quem mora por ali --e já pensando no problema de mobilidade que não atinge apenas as grandes cidades.

Paulo Pinheiro, sócio-diretor da imobiliária Lopes, afirma que, antes, o morador do interior tinha certa resistência em morar muito perto dos centros comerciais, mas a cultura mudou, e esses empreendimentos ganharam um status de "novidade".

Para a incorporadora, a vantagem é trabalhar em locais com menos competitividade do que na capital, afirma Pinheiro.

"As cidades menores também estão com problema de locomoção e gostam desse tipo de formato onde há tudo ao seu redor", diz Marcelo Bonanata, diretor de vendas da Helbor, que tem empreendimentos em Mogi das Cruzes e São Bernardo do Campo, na grande São Paulo.

Outro nicho são cidades que estão vivendo grandes booms econômicos. É o caso de Itaboraí, onde está sendo construído o novo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, e que vai ganhar um empreendimento multiúso.

O Global Center Itaboraí reunirá unidades comerciais, flats e suítes de hotel e é realizado pela GEP-Realizações Imobiliárias. Uma unidade similar está sendo construída em Campos dos Goytacases.

"A indústria do petróleo levou desenvolvimento ao interior do Rio de Janeiro", afirma Vicente Giffoni, presidente da Asbea-RJ (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura). Giffoni trabalha em outros empreendimentos do gênero em cidades da costa do petróleo.

"Cidades com crescimento alto, desenvolvimento industrial, agronegócio etc. têm carência de moradia", afirma Pedro Lodovici, CFO da Cipasa Urbanismo.

A empresa investiu em um terreno em Camaçari (BA), nos arredores de Salvador, e sede de grandes indústrias como a Braskem (leia texto abaixo).

EMPRESAS

O modelo de negócios desse tipo de empreendimento é variado. A Helbor, por exemplo, tem dois modelos nos multiúso que lançou em Mogi das Cruzes (SP). Em um deles, o Concept, a construção foi feita "dentro" de um shopping preexistente, e conta com prédios comerciais e residenciais. A única atividade da empresa é de incorporação, isso é, a ideia é vender todas as unidades.

Já no Patteo Mogilar, uma empresa do grupo (HBR) fará a gestão do shopping de conveniência que acompanha o empreendimento.

Artur Jorge de Deus Lé, sócio do escritório Anastassiadis Arquitetos, afirma que, antes de começar a construção, as empresas já têm contratos de locação dos espaços com lojas e redes hoteleiras. Lé fez a arquitetura interior de empreendimentos em Curitiba, Fortaleza e Brasília.

EXCLUSIVIDADE

Lé afirma que, apesar de a arquitetura prever a integração, nem sempre esse objetivo é alcançado durante o uso. O perfil do público, de alto padrão, tem exigências como segurança, que impedem uma integração total do espaço, segundo ele.

"Quem mora em um espaço desses quer morar em um local com serviços, mas ele quer segurança, quer circulação exclusiva", diz.

Segundo ele, esse empreendimento é diferente de prédios como o Copan, onde o público aceita uma convivência maior.


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