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Coringa, imóvel de até 70 m² faz o 'upgrade' da classe média

Unidades de 51 m² a 70 m² respondem pela maior parcela em estoque hoje em São Paulo

Metragem atende tanto famílias que buscam um 3-dormitórios quanto pessoas sozinhas, nos que oferecem um quarto

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se existe um coringa no mercado imobiliário, ele está aqui. Os apartamentos de 51 m² a 70 m² atendem, segundo os especialistas, as necessidades de diferentes moradores.

Eles podem abrigar uma família com filhos. No mercado, há exemplos de imóveis nessa metragem com até 3-dormitórios. Também comportam pessoas que moram sozinhas com o 1-dormitório.

"É um tamanho coringa", diz Celso Amaral, diretor da consultoria Geoimovel. "Atende, por exemplo, quem quer morar nos Jardins."

Com o preço médio do metro quadrado entre R$ 14 mil e R$ 16 mil nessa área da zona oeste, uma unidade de 70 m² chega a custar R$ 1 milhão.

Essa também é uma metragem que atrai tanto investidores como futuros moradores. Quanto menor a configuração e, portanto, menor o preço final, mais pessoas compram com o fim de investir, segundo João Henrique, diretor da imobiliária Lopes.

Se a configuração torna-se mais familiar, com três dormitórios e playground, maior é a finalidade de moradia.

Segundo Henrique, casais e famílias que buscam o segundo imóvel aparecem frequentemente nesse segmento. "É um tamanho de quem está fazendo upgrade', buscando um espaço maior do que o do primeiro imóvel."

Os dados mostram que o patamar de 51 m² a 70 m² tem o maior estoque disponível hoje entre lançamentos, com 38%, conforme a Geoimovel.

Em segundo lugar, vem o de compactos (até 50 m²), com 26% de participação. Em terceiro, estão os apartamentos grandes (acima de 101 m²), com 19%, seguidos pelos de 71 a 100 m², com 17%.

A predominância dos imóveis nessa metragem, entretanto, tende a cair nos próximos anos. O motivo é a desaceleração dos lançamentos de 2010 para cá. No ano passado, esse segmento foi o que menos cresceu. O número de lançamentos subiu 14% em relação a 2012. Na mesma base de comparação, os compactos tiveram alta de 55%.

Em 2012, o segmento de 51 a 70 m² teve a maior queda (34%) no oferta de novos. Na mesma comparação, os acima de 101 m² recuaram 21%. Apesar do menor ritmo de lançamentos na casa dos 70 m², Amaral observa que o "coringa" do mercado ainda atrai o consumidor.

"Se somarmos a participação desse segmento com o dos compactos, o que se vê é um retrato da classe média", diz Amaral. "Por volta de 70% do mercado de imóveis novos está aí", pondera.

Quando se observa a oferta de imóveis usados e novos prontos para morar, também se percebe uma participação grande de apartamentos de tamanho médio. Cerca de 29,5% estão nesse patamar,conforme estudo da Lello Imóveis. A maioria das unidades, entretanto, tem uma metragem maior --cerca de 47% têm mais de 110 m².

A diferença é fácil de entender. Entre os usados, estão os imóveis mais antigos, com plantas maiores e configurações diferentes de hoje. No levantamento, a Lello levou em conta os 5.319 imóveis de sua base de dados distribuídos em todas as regiões da cidade de São Paulo. (KS)


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