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'Não estava no script', diz mulher a amigos

DO RECIFE

Renata, mulher de Eduardo Campos, procurou manter uma atitude de firmeza nesta quarta diante dos cinco filhos e das dezenas de familiares, políticos e amigos que durante o dia estiveram na casa da família, na zona norte do Recife.

Pessoas que estiveram com ela dizem que Renata se mantinha serena --no início da noite, contudo, era possível vê-la pelo muro da casa com ar de choro. "Não estava no script", dizia Renata a quem a abraçava.

"Ela estava firme recebendo as pessoas. Estava serena. Cumprimentei ela e pronto. Não adianta dizer muita coisa", disse o advogado e servidor público Luiz Carlos Cordeiro, 70, vizinho de Campos.

Renata costumava acompanhar as viagens do marido, mas não embarcou com ele do Rio para Santos nesta quarta --suspeitava-se inicialmente que ela estivesse na aeronave. Foi ao Recife com o filho mais novo, Miguel, de seis meses, e o sobrinho Rodrigo Molina, ajudante de ordem de Campos que também costumava viajar com o candidato.

Campos e Renata eram vizinhos quando crianças. Começaram a namorar quando ele tinha 15 anos e ela, 13. Estavam juntos há mais de 30 anos. Campos se referia a ela como "dona Renata".

A exemplo do marido, é economista. Funcionária de carreira do Tribunal de Contas do Estado, licenciou-se em 2007, quando o marido assumiu o governo de Pernambuco e ela foi cedida à administração estadual.

Os jornalistas não tiveram acesso à casa da família, mas era possível ver a movimentação na área da piscina. À tarde, José, 9, quarto filho do casal, estava cabisbaixo sentado no colo de um primo.

No início da noite, a mãe de Campos, Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União, chegou à casa.

Ela estava em Brasília, onde participava de uma cerimônia, quando foi informada sobre o acidente.

Passou mal ao ser informada da morte e foi atendida no serviço médico do TCU.

Ao saber da morte, a presidente Dilma Rousseff cedeu um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para que a mãe de Campos fosse ao Recife.

A informação foi repassada pelo ministro do TCU José Múcio Monteiro Filho, que acompanhou Ana no avião.

"Foi uma viagem dificílima. Imagine a dor de uma mãe que perde um filho. Não há palavras que confortem", disse o ministro.

Irmão de Eduardo Campos, o advogado e escritor Antônio Campos foi o único representante da família a falar com a imprensa.

"Perdi um irmão muito amado, um grande amigo. Falei com ele às 6h59. Estava feliz com a participação positiva no Jornal Nacional'. Eduardo morreu lutando por seus ideais, pelo que ele acreditava", afirmou.


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